O Estaleiro Atlântico Sul solicitou à Antaq uma autorização para construir e explorar um TUP de granéis líquidos e carga geral em área contígua de um de seus empreendimentos no Complexo de Suape

O Estaleiro Atlântico Sul (EAS) solicitou à Antaq, na última sexta-feira (1º), uma autorização para construir e explorar um Terminal de Uso Privado (TUP) em área contígua ao Cais Leste do EAS, no Complexo Industrial Portuário de Suape.
A decisão de construir o TUP está ligada à escolha da EAS de diversificar sua atuação, após a adoção do plano de recuperação judicial. Em 2021, houve a alienação de alguns ativos, como a Unidade Produtiva Isolada (UPI-B) referente ao Cais Sul – posteriormente adquirida pela APM Terminals (APMT) -, o que implicou a perda da principal frente de acostagem do estaleiro até então, anteriormente utilizada para movimentação de carga geral própria.
O projeto adaptará a estrutura existente no Cais Leste, com aproximadamente 300 metros de extensão, contemplará a instalação de tancagem com capacidade adequada à demanda prevista para granéis líquidos, além do aproveitamento da malha logística terrestre já existente.
O Terminal EAS Leste terá área total de 164 mil m², com 248 metros lineares de cais já construídos e prevê a expansão de mais 52 metros de frente de atracação. A estrutura receberá embarcações da classe Aframax.
“O local se beneficia da proximidade com a Refinaria Abreu e Lima (RNEST), fator relevante para a viabilidade da movimentação de granéis líquidos, e da sinergia com as operações industriais ainda mantidas pelo EAS”, disse a companhia.
A instalação será dedicada a granéis líquidos, carga geral e atividades associadas a reparos e serviços navais. Os tanques terão capacidade de armazenar 93.079 m³, enquanto a área destinada à carga geral terá capacidade de 32.653 m². A previsão é de movimentar até 1,1 milhão de m³/ano (cerca de 893.560 t/ano) de granéis líquidos e até 40 mil toneladas de carga geral por ano.
A EAS pretende investir neste projeto R$ 37.622.450, com perspectivas de executá-los no prazo de dois anos. O projeto foi dividido em 3 fases:
- Fase 1: Implantação estrutural e operação inicial, com previsão de R$ 18.852.450;
- Fase 2: Expansão de capacidade e logística, com previsão de R$ 14.450.000;
- Fase 3: Conclusão e modernização, com previsão de R$ 4.320.000.
“O estudo técnico apresentado à Secretaria Nacional de Portos (SNP) atestou a aderência da proposta às diretrizes do planejamento portuário nacional, contribuindo com o reequilíbrio logístico da região Nordeste, o aproveitamento racional de infraestrutura subutilizada e a ampliação da capacidade de atendimento ao setor de granéis e carga geral”, explicou o EAS no ofício enviado à Antaq.
Fonte: Revista Brasil Energia