
Companhia pretende abrir, ainda em 2025, licitação para reaproveitar partes da P-37, como alternativa ao desmantelamento da unidade offshore. P-35 e P-47 também serão avaliadas sobre viabilidade de passarem por esse tipo de processo
A Petrobras tem três plataformas offshore no radar para passarem por processo de reaproveitamento, em vez de serem desmanteladas. A companhia pretende abrir, ainda em 2025, uma licitação para iniciar a primeira etapa de reaproveitamento da plataforma P-37, localizada na Bacia de Campos. A diretora executiva de engenharia, tecnologia e inovação da Petrobras, Renata Baruzzi, disse, nesta segunda-feira (18), que, num primeiro momento, será feito o desmantelamento das partes que a empresa avaliar que não será utilizado e, paralelamente, será desenvolvido um projeto para usar esse casco.
Além da P-37, outras duas plataformas estão no radar: a P-35, talvez para 2026, e a P-47, na sequência, todas instaladas na Bacia de Campos. Questionada por jornalistas, a diretora também não descartou a P-19 entrando nessa lista. “Todas são candidatas. Temos 50 plataformas para descomissionar. Tirando aquelas fixas do Nordeste, todas as FPSOs são candidatas ao reaproveitamento, se tiver um projeto para ser usada”, afirmou Renata, que participou de evento promovido pelo Estaleiro Mac Laren, no Rio de Janeiro (RJ).
A diretora explicou que o reaproveitamento de plataformas gerou acordos de entendimento com instituições para pensar em como será feito, por exemplo, a troca de chapas de aço, recertificação e topsides. “É uma forma de ajudarmos a empresa a ganhar musculatura e voltar para o jogo. Estamos bastante animados com essa alternativa”, disse.
Renata contou que a empresa aprovou o conceito da P-37 na semana passada e que agora estão sendo feitos ajustes na documentação para que a licitação possa ir à rua. Ela acrescentou que uma RFI (request for information) foi encaminhada para mais de 100 empresas para saber se havia interesse deles em trabalhar nessa área e recebeu retorno positivo. Há expectativa é que o edital possa ser lançado dentro de dois meses.
A diretora ponderou que os estudos ainda são muito incipientes. “Voltamos com dois projetos para a mesa para estudar: a revitalização Marlim Sul/Marlim Leste e de Barracuda/Caratinga. Esses são dois naturais [candidatos] para ver se conseguimos usar esse casco para esses dois projetos”, comentou Renata. Atualmente, a P-32 está sendo desmantelada no Estaleiro Rio Grande (RS) e duas plataformas (P-33 e P-26) estão acostadas no Porto do Açu (RJ).
Fonte: Revista Portos e Navios