Na próxima quinta-feira, os servidores das 11 autarquias, incluindo ANP e Aneel, vão parar por 72 horas, em reivindicação a reajustes salariais. No mesmo dia, o governo apresentará nova proposta.

O acidente aéreo que provocou a morte de 62 pessoas no interior de São Paulo, na última sexta-feira (9), levou os trabalhadores das agências reguladoras a alterarem o dia da paralisação por 72 horas e do encontro do governo para negociar novos percentuais de reajuste salarial. A decisão, agora, é iniciar a greve no dia 15.
No mesmo dia, representantes do Sindicato Nacional das Agências Reguladoras Nacionais (Sinagências) e do Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos (MGI) voltam a conversar, em Brasília. A última proposta do governo foi de reajuste de 14% para os servidores do Plano Especial de Cargos e de 23% para os de carreira, divididos em duas parcelas, em 2025 e 2026.
O Sinagências indicou aos trabalhadores que rejeitassem a proposta e uma série de assembleias começou a ser realizada para ouvir os servidores. Mas, antes mesmo que o processo fosse concluído, o ministério chamou o sindicato para nova negociação, que aconteceria hoje, 13. A ideia era que a greve de 72h fosse iniciada ontem, 12.
Com o acidente, o trabalho na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) foi intensificado e as datas, revistas. Até essa segunda-feira, a definição era de que a greve começaria hoje.
“Dado o desenrolar dos fatos, permanece pendente de decisão da categoria a deliberação sobre a contraproposta a ser apresentada. Além disso, é preciso reconhecer que as premissas que motivaram a aprovação de uma paralisação de 72h mudaram desde então, ensejando a possibilidade de a categoria ratificar ou modificar seu entendimento a respeito”, informou o Sinagências em seu site, ontem, 12.
Fonte: Brasil Energia