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Clippings - 29/11/10

Agendamento de cargas do Porto será meta em 2011

O agendamento para a chegada cadenciada de todas as cargas conteinerizadas ao Porto de Santos será a meta, em 2011, da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC). É o que ficou claro, ontem, durante evento promovido pela entidade, em um restaurante de Santos, que reuniu empresários e autoridades do setor. Segundo o presidente da ABTTC, Martin Aron, o objetivo é que todas as cargas que chegam ao Porto venham programadas, e não mais aleatoriamente, como ocorre hoje. Isso, só vamos conseguir com bons sistemas informatizados e com a colaboração dos exportadores. É uma meta, inclusive, do CAP (Conselho de Autoridade Portuária de Santos), explicou. O executivo criticou a não utilização da infraestrutura do Porto fora do horário comercial.

Segundo ele, a maioria dos terminais não é demandada nos perãodos da noite e da madrugada, e isso é um reflexo da falta de agendamento. Cada empresa vai ter que dar sua contribuição na área de informática. Este é o grande desafio não só nosso, mas do Porto, disse Martin Aron. O presidente da Codesp, José Roberto Serra, também presente ao evento, explicou que o processo é o mesmo que foi iniciado com as cargas a granel no mês passado.

E, segundo ele, não vai parar por aí. Ele explicou que a Docas irá contratar uma empresa para desenvolver um novo sistema informatizado de controle da chegada de cargas para o Porto. O software atuará tanto no modal rodoviário quanto no ferroviário. Esse sistema vai fazer o mapeamento de tudo que vem para o Porto de Santos. Vai ser uma das maiores ferramentas de gestão do Porto, junto com o VTMIS (sistema de monitoramento do tráfego de navios). O presidente da Docas explicou que o sistema em questão é inédito no Brasil, tendo sido implantado em portos da França, da Alemanha e dos Estados Unidos. O objetivo, segundo ele, não é simplesmente evitar congestionamentos, mas possibilitar que o Porto trabalhe com a capacidade máxima de cada instalação portuária.

Sendo assim, ele concentrará informações sobre o limite de operação dos berços de atracação, a capacidade estática dos armazéns, a capacidade de recebimento e a chegada de caminhões e trens. Para Serra, se medidas como esta não forem tomadas para organizar o fluxo de cargas para o Porto, de nada adiantam os investimentos em infraestrutura. Sem isso, podemos ter duzentas estradas chegando ao Porto que vamos continuar tendo congestionamentos. Ocusto de implantação desse sistema ficará bem abaixo do montante destinado à instalação do VTMIS (R$ 15 milhões), segundo o presidente da Docas. Tanto que vamos bancá-lo com nossos próprios recursos, completou.