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Clippings - 06/08/09

Aliança revê projeto por conta do bunker

Incidência de impostos e oscilação do preço do combustível tiram competitividade da cabotagem.

A Aliança Navegação e Logística está revendo o plano de construção de quatro porta-contêineres que serão empregados na navegação de cabotagem. Por conta do alto custo do bunker, o armador diminuirá a velocidade dos navios e aumentará o tamanho das embarcações, reduzindo, assim, o custo por tonelada transportada. As informações foram anunciadas ontem com exclusividade ao Guia Marítimo pelo diretor de Operações da companhia, José Antônio Balau.

Pelo plano atual, os navios terão capacidade nominal para 2.600 Teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés). Em princípio, no novo desenho, cada embarcação passará a ter capacidade para transportar 3.000 Teus. A expectativa é que o projeto seja definido até o final do ano para, então, o armador encomendar as embarcações.

O bunker utilizado na cabotagem é mais taxado que o utilizado no longo curso, além de ser indexado pelo preço do barril do petróleo, razão pela qual varia todo dia.

Atualmente, a tonelada do bunker está em US$ 460. Em 2008, chegou em US$ 700 e, no início deste ano, baixou para US$ 200. Isso está nos obrigando a rever alguns critérios, ou seja, para que o navio seja viável, temos de baixar a velocidade para consumir menos combustível e aumentar a capacidade para diminuir o custo por unidade transportada, disse Balau.

Atualmente, os custos com combustível representam 50% dos gastos do navio em viagem, percentual que já foi bem menor.

Para compensar a diminuição da velocidade dos navios, muitos armadores estão empregando mais embarcações numa mesma rota, de forma a manter a regularidade das escalas. O movimento é bastante recorrente, por exemplo, no tráfego entre a Europa e a Ásia.