O grupo Alusa, a Galvão Engenharia e a coreana Sungdong investirão US$ 500 milhões para erguer um estaleiro no porto de Suape, a 60 quilômetros do Recife. O consórcio está de olho nas novas rodadas de licitações tanto da Petrobras quanto da Transpetro para a construção de plataformas e navios.
Hoje, as empresas se reúnem com o governador Eduardo Campos (PSB) no começo da tarde, no Palácio Campo das Princesas, para detalhar o projeto. As conversações com o Estado começaram no início do ano. O primeiro documento formal foi assinado entre as partes em abril, em Houston (Estados Unidos) durante uma apresentação do governo sobre o porto de Suape.
Para incentivar a instalação do estaleiro em Pernambuco, o governo estadual ofereceu aos investidores um pacote de benefícios fiscais e de infraestrutura. Rio de Janeiro, Santa Catarina, Bahia e Rio Grande do Sul também participaram da disputa.
O empreendimento ficará na ilha de Tatuoca, ao lado do estaleiro Atlântico Sul, que tem 15 navios para construir em carteira mais o casco da plataforma P-55. Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, PJMR e Samsung estão investindo R$ 1,4 bilhão no projeto.
A chegada do novo vizinho não deixa o Atlântico Sul em uma situação muito confortável. Além de ter mais uma empresa participando das concorrências, há o fator mão-de-obra. Como a indústria naval é um segmento novo que se instala em Pernambuco, o Atlântico Sul teve de treinar seus funcionários da área industrial, mais de 2,4 mil pessoas. O receio agora é perdê-los para a concorrência.
Procurados pela reportagem, a Galvão Engenharia e o grupo Alusa não retornaram o pedido de entrevista até o fechamento desta edição. Devido ao fuso horário, o Valor não conseguiu entrar em contato com a coreana Sungdong