Acompanhando a mobilização do funcionalismo público, os trabalhadores das Agências Nacionais no Amazonas aderiram à greve dos servidores federais na última quarta (18). Ao todo, profissionais de quatro agências reguladoras e um departamento nacional estão com as atividades paralisadas no Estado.
De acordo com o diretor de políticas do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação no Amazonas (Sinagências-AM), Altemir Belém, 60% do quadro de servidores da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) aderiram à paralisação no Amazonas.
“Apesar de não termos um quadro de servidores tão grande no Estado, estamos com 60% em greve e o restante dos servidores em atividade, até porque temos que respeitar o minímo de 30% previsto na lei de greve”, informou o líder sindical.
Entre as reivindicações da categoria, a criação da carreira da regulação federal por meio de subsídios é apontada como principal motivação da mobilização do movimento paredista.
“Hoje temos um vencimento de base baixo e uma gratificação três vezes maior que esse valor. Quando o servidor se aposenta, ele perde tudo e fica sobrevivendo desse salário. Assim sendo, queremos reposição da inflação de 2008, pois, até agora, o governo ficou de atender, mas não cumpriu. Ainda falta atender a carreira de regulador federal e a realização de um concurso público para as agências reguladoras. Atualmente, as agências têm um quadro reduzido de servidores e, daqui a dois ou três anos, eles se aposentam. Não vai ter gente para trabalhar. Então tem que ter concurso público”, protestou Altemir Belém.
O representante da Sinagencias-AM reclamou ainda em relação ao sucateamento das agências reguladoras nacionais no Estado. “As outras categorias que não são servidores federais possuem data-base de reajuste e nós não temos. Por isso, aderimos à greve para cobrar que todo mês de janeiro seja feita nossa reposição salarial”, conclui Altemir Bélem.