O campo de Xisto São Mateus do Sul é operado pela Paraná Xisto com 100% de participação
A ANP aprovou o Plano de Desenvolvimento (PD) do campo de Xisto São Mateus do Sul, localizado na Bacia do Paraná. A Paraná Xisto opera o campo com 100% de participação. A área de desenvolvimento é de 80,32 km², com fluido principal sendo o óleo.
O plano, que foi aprovado na última segunda-feira (2), informa que o término da fase de produção será em 2049. A descoberta de Xisto São Mateus do Sul foi em 1959, mas o início da produção ocorreu em 2005, com a declaração de comercialidade informada em junho de 2022.
A produção de hidrocarbonetos do campo de Xisto São Mateus do Sul ocorre a partir dos folhelhos negros permianos, depositados em condições de mar restrito, da Formação Irati. Sobre o sistema de produção e escoamento, o início do processo industrial acontece com a mineração do folhelho a céu aberto, pelo método de lavra por tiras.
Após o desmonte mecânico, o minério é transportado, por caminhões, para a unidade de preparação de carga da retorta, onde é britado e peneirado até ser obtida a faixa granulométrica adequada.
Este material é encaminhado para o aquecimento em forno, liberando a matéria orgânica contida no minério, o que gera um vapor quente, que contém o óleo, o gás e a água. Os líquidos resultantes do processo são escoados, por meio de carretas, enquanto o gás de xisto segue, por gasoduto, para a Incepa (indústria de cerâmica).
Tanto os estéreis da mina, quanto o xisto retortado, retornam para as tiras anteriormente lavradas, recompondo, assim, a topografia e, consequentemente, preparando a área para a sua posterior recuperação ambiental.
A Paraná Xisto opera Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), instalada em São Mateus do Sul (PR). A SIX possui capacidade instalada de 5.880 toneladas/dia e foi a terceira unidade de refino vendida pela Petrobras.
A venda aconteceu em 2021, por US$ 33 milhões, à Forbes & Manhattan (F&M), holding canadense de capital fechado focada em investimentos para desenvolvimento de projetos para exploração de recursos naturais, sobretudo em mineração.
Fonte: Revista Brasil Energia