Localizado na porção emersa da Bacia Potiguar, campo é operado pela 3R, atual Brava Energia após fusão com a Enauta, com 12 poços perfurados, sendo três em operação

A ANP aprovou a revisão do Plano de Desenvolvimento (PD) do campo de Icapuí, localizado na porção emersa da Bacia Potiguar e operado pela 3R, atual Brava Energia (após fusão com a Enauta), com 100% de participação.
Icapuí, que possui área de desenvolvimento de 37,27 km², foi descoberto em junho de 1996 e iniciou sua produção em julho do mesmo ano, tendo o óleo como fluido principal. Com a revisão do PD, o término da fase de produção foi adiado para 31 de dezembro de 2030.
O campo possui 12 poços perfurados, sendo três em operação. A produção bruta dos poços é encaminhada, por meio das suas linhas de coleta, para o manifold da Estação Coletora de Icapuí (EC-IC) que, por sua vez, a direciona para um tanque de armazenamento, onde ocorre a sua separação bifásica (líquido/gás). A emulsão (óleo e água) é então transportada, através de carretas, para a Estação de Tratamento de Óleo de Fazenda Belém (ETO-FZB), localizada no campo de Fazenda Belém, também operado pela Brava.
Após a separação e o tratamento na ETO-FZB, o óleo é transferido, também por carretas, para a Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), enquanto a água é destinada à Estação de Tratamento de Água (ETA), de onde segue para os geradores de vapor e/ou para o descarte em subsuperfície. Por fim, o gás natural, em função dos baixos volumes realizados, é ventilado em sua totalidade no próprio tanque de armazenamento da EC-IC.
Os principais reservatórios do campo de Icapuí são arenitos fluviais albianos da Formação Açu, com porosidade média de 22% e permeabilidade em torno de 587 mD, saturados com óleo de 13,5 °API. O mecanismo primário de produção é a expansão de líquidos, e não há, nesse momento, a previsão de utilização de qualquer método de recuperação secundária e/ou melhorada.

O portfólio onshore da Brava Energia é formado pelo Complexo Potiguar, que reúne os campos de óleo e gás natural em terra e águas rasas na Bacia Potiguar, como Macau, Canto do Amaro, Alto do Rodrigues, Estreito, Salina Cristal e Fazenda Pocinho; e o Complexo Recôncavo, que reúne os campos de produção de óleo e gás natural em terra na Bacia do Recôncavo, como Água Grande e Candeias.
Fonte: Revista Portos e Navios