Campo onshore está localizado na Bacia do Parnaíba e é operado pela Eneva com 100% de participação. O início da produção é estimado para janeiro de 2029

A ANP aprovou, na terça-feira (17), o Plano de Desenvolvimento (PD) do campo Gavião Vaqueiro, localizado na Bacia do Parnaíba e operado pela Eneva com 100% de participação. O campo onshore possui área de desenvolvimento de 194,97 km² e o gás como fluido principal.
Gavião Vaqueiro foi descoberto em agosto de 2022. A declaração de comercialidade foi apresentada em fevereiro de 2024, e o início da produção é estimado para janeiro de 2029. Já o término da produção (limite técnico/econômico) foi determinado para 2047.
De acordo com o PD, os poços produtores ficarão distribuídos por dois clusters distintos. Os poços do Cluster 1 e do Cluster 2 serão conectados a um manifold instalado em cada área, e que estarão interligados entre si. A partir do manifold do Cluster 1, a produção será direcionada, por meio de gasoduto, para a Estação de Produção do campo de Gavião Preto (EPGVP), localizada no campo de Gavião Preto, de onde, por sua vez, seguirá, também por gasoduto, para a Unidade de Tratamento de Gás (UTG) do campo de Gavião Real e, finalmente, para a termelétrica.
Já o condensado será estabilizado, armazenado e transferido, através de carretas, para o ponto de venda. Por fim, a água produzida, após devidamente tratada, será destinada aos poços de descarte do campo de Gavião Real.
Os principais reservatórios encontrados na área correspondem a arenitos flúvio-deltáicos eocarboníferos da Formação Poti, com porosidade entre 13,1 e 13,6% e permeabilidade variando de 1,2 a 20 mD, saturados com gás natural não associado. O mecanismo primário de produção é a expansão volumétrica do gás e não há, nesse momento, a previsão de utilização de qualquer método de recuperação secundária e/ou melhorada.

Atualmente, a Eneva opera 15 campos de gás natural, sendo seis em produção (Gavião Real, Gavião Vermelho, Gavião Branco, Gavião Caboclo, Gavião Azul e Gavião Preto, todos na Bacia do Parnaíba) e nove em desenvolvimento (Gavião Branco Norte, Gavião Tesoura, Gavião Carijó, Gavião Belo, Gavião Mateiro e Gavião Vaqueiro, na Bacia do Parnaíba, e os campos de Azulão, Tambaqui e Azulão Oeste, localizados na Bacia do Amazonas).
Fonte: Revista Brasil Energia