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Clippings - 26/08/24

ANP aprova prorrogação de estudos para possíveis novos blocos no pré-sal

A diretoria da agência autorizou a readequação do cronograma do Calendário Estratégico de Avaliações Geológica e Econômica para o Polígono do Pré-Sal, considerando os projetos Hematita e Calcita, tendo em vista a complexidade geológica das áreas

FPSO Guanabara (Foto: Divulgação Modec)

A diretoria da ANP aprovou a readequação do cronograma do Calendário Estratégico de Avaliações Geológica e Econômica para o Polígono do Pré-Sal, considerando os projetos Hematita e Calcita, respectivamente, com entregas de estudos restabelecidas para dezembro de 2024 e março de 2025. Anteriormente, as entregas estavam previstas para julho de 2024 e dezembro de 2024, respectivamente.

As prorrogações foram motivadas por vários fatores, dentre os quais se destacam:

  • Maturação do play pré-sal e a complexidade geológica anômala na área de estudo, sendo observados menores volumes e chances de sucesso dos prospectos identificados em Hematita;
  • Necessidade da avaliação adicional dos plays do pós-sal em uma área geologicamente complexa e estruturalmente distinta. Esses plays também estão em estágio avançado de maturação, mas apresentam potencial remanescente;
  • Interação dessas estruturas de menor porte e maior risco com a carga fiscal do regime de partilha; e
  • Redução dos riscos relacionados à inclusão dos Acordos de Individualização da Produção (AIP) de Jubarte e Caxaréu nos blocos desenhados; entre outros motivos, segundo documento elaborado pela Superintendência de Avaliação Geológica e Econômica (SAG) da ANP.

“Devido à necessidade de imprimir estudos adicionais para o Projeto de Hematita, pondera-se que os estudos de Calcita também sofrerão impactos temporais. Isso se deve, inclusive, ao enfrentamento das mesmas complexidades analíticas, levando em conta que as áreas possuem contexto geológico similar”, afirma a SAG. 

O objetivo, conforme prevê o Calendário Estratégico, é que esses prováveis blocos alcancem a maior atratividade possível, aumentando sua probabilidade de arremate em futuros certames.

O projeto Malaquita está concluído, enquanto o projeto Opala teve o seu prazo mantido (Fonte: ANP)

A ANP instituiu o Calendário Estratégico de Avaliações Geológica e Econômica para o Polígono do Pré-Sal no final de 2023, visando promover transparência e previsibilidade para que o mercado possa direcionar seus investimentos futuros com mais assertividade.

“Os agentes econômicos passarão a ter acesso antecipado às informações de localização das áreas que serão estudadas pela Agência e possivelmente indicadas para compor o rol de blocos disponíveis na Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP)”, explica a ANP.

Até então, esse tipo de informação só era divulgado em uma etapa posterior, depois que os blocos já estavam delimitados e seus estudos aprovados pela diretoria da agência. A partir daí, os blocos são indicados e encaminhados para o Ministério de Minas e Energia (MME) analisar a viabilidade de inclusão em futuras rodadas.

A ação, afirma a ANP, está em consonância com o Mapa Estratégico da ANP 2021-2024 e sua missão de criar um ambiente que amplie a atração de investimentos e promova a concorrência, regulando e fiscalizando em prol de operações seguras e sustentáveis e da garantia do abastecimento nacional.

Foto: Mapa do Polígono do Pré-Sal | Destaque para os Projetos de Avaliação Geoeconômica previstos pelo cronograma (Fonte: ANP)

Oferta Permanente de Concessão

Em julho deste ano, a diretoria da ANP aprovou o Calendário Estratégico de Avaliações Geológica e Econômica relativo à Oferta Permanente de Concessão (OPC) para os anos de 2024 e 2025. 

Para 2024, foi estabelecido como prioridade a realização de estudos geoeconômicos em áreas remanescentes na Bacia de Pelotas e no sul da Bacia de Santos.

Por sua vez, para o ano de 2025, a priorização será dos seguintes estudos:

  • Bacias sedimentares da Margem Equatorial: Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar;
  • Reavaliação das bacias de Campos, Espírito Santo (marítima) e de Sergipe-Alagoas (marítima);
  • Em um contexto geral, as bacias terrestres de Nova Fronteira e reavaliação das bacias terrestres maduras.

Fonte: Brasil Energia