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Clippings - 21/06/11

ANP propõe mudanças no conteúdo local

Ao contrário do que publicamos no dia 15/6, a ANP não propõe a redução do índice exigido para árvores de natal. A agência esclarece que a proposta visa, entre outras coisas, retirar os sistemas de controle de árvores de natal da rubrica arvore de natal, visando tornar o índice exigido, de 85%, mais factível.

A ANP também esclarece que a simplificação da certificação de CL de produtos adquiridos pelas concessionárias, com a adoção do certificado por família de produto em lugar do certificado por produto, é uma prática contínua e se destina a aplicação não só nos contratos de partilha, como na cessão onerosa e nos contratos de concessão. Abaixo segue a nota corrigida:

A ANP enviou ao MME um conjunto de propostas visando aprimorar a definição dos índices de conteúdo local nos contratos de concessão de E&P. Entre as propostas, a entidade sugere a realocação do sistema de controle de árvore de natal para a rubrica Sistemas de Controle Submarino. Com isso o operador terá melhores condições de atingir os 85% mínimos exigidos em árvores de natal, visto que os sistemas de controle não têm fabricação nacional. Sem a mudança, a tendência é de que o CL máximo alcançado seja da ordem de 60%, ficando aquém do mínimo exigido.

A proposta de ajuste na definição dos elementos auditados para ANM não é restrita ao item, mas a todos onde seja detectada necessidade de otimizar o escopo da rubrica.

Exploração

O mercado tem manifestado dificuldades para o cumprimento do compromisso de conteúdo local na fase de Exploração, especialmente na contratação de serviços de perfuração e sísmica. As principais alegações são a falta de fornecedores para a solução indicada no projeto ou o custo até 20% superior de equipamentos contratados no Brasil.

Para o diretor da Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Petróleo (Abespetro), João Felix, a ANP deveria estudar a inclusão do investimento em inovação e centros pesquisa no cálculo do conteúdo local aplicado aos fornecedores. “Dado os desafios tecnológicos do pré-sal a equação do índice local deveria ser repensada ou as empresas poderão vir, mas não transferir conhecimento para o Brasil”, argumentou.

Uma das áreas que poderão ser beneficiadas pelo investimento em novas tecnologias é o da logística. De acordo com a diretora Executiva da Brasco/Wilson Sons, Renata Pereira, haverá uma grande demanda por novos processos. “O desenvolvimento do pré-sal vai demandar uma otimização da cadeia de suprimento, gestão da carga e localização de bases”, assinalou.

O superintendente de Tecnologia da Onip, Carlos Camerini, destacou a mão-de-obra como uma questão crítica para o desenvolvimento da indústria offshore. “Existem empresas estrangeiras querendo trazer treinamento para o país, mas falta mão-de-obra com capacidade mínima para aprender”, afirmou, chamando atenção para o déficit educacional do país.

Os desafios para o desenvolvimento da indústria foram discutidos na plenária “Dos campos maduros ao novo desenvolvimento do pré-sal: desafios e oportunidades offhsore no Brasil”, realizada nesta quarta-feira (15/06), na Brasil Offshore 2011, que acontece até a próxima sexta-feira (17/6), em Macaé.