A ANP concedeu a prorrogação da Fase de Exploração no âmbito da Resolução ANP nº 815/2020 para mais dois projetos, sendo eles o PAD do bloco C-M-539, que faz parte do contrato BM-C-33, operado pela Equinor, e para o primeiro período exploratório do bloco C-M-753, operado pela ExxonMobil, segundo dados atualizados pela agência reguladora na última sexta-feira (29/4). Ambos os blocos estão localizados na Bacia de Campos.
O prazo final do PAD da Equinor foi prorrogado do dia 20 de dezembro de 2022 para 20 de setembro de 2023. Considerado um dos projetos de desenvolvimento mais desafiadores do país – e também um dos maiores em termos de potencial de fornecimento de gás –, o projeto do BM-C-33 inclui os prospectos Seat, Gávea e a descoberta de gás e condensado de Pão de Açúcar, que deverá ser a prioridade da norueguesa.
Ao todo, as descobertas têm volumes recuperáveis estimados em 1 bilhão de boe, em reservatórios de lâmina d’água de 3 mil m. Para escoar esse volume, a Equinor planeja direcionar o gás produzido para o Terminal de Cabiúnas (Tecab), via gasoduto, além do uso de navios aliviadores, que serão responsáveis pelo condensado, conforme publicado pelo PetróleoHoje. No entanto, a decisão final de investimento (FID) de Pão de Açúcar ainda não foi tomada, estando prevista para este ano.
O inicio da primeira fase de produção do BM-C-33 está previsto para 2026. Localizado na porção sudoeste da Bacia de Campos, a aproximadamente 200 km da costa do estado do Rio de Janeiro, o bloco foi adquirido na 7ª Rodada de Licitação da ANP, pelo consórcio formado por Equinor (35%), Repsol Sinopec Brasil (35%) e Petrobras (30%).
Já o bloco da ExxonMobil teve o seu primeiro período de exploração adiado de 11 de setembro de 2025 para 11 de junho de 2026. O C-M-753 foi adquirido na 15ª Rodada de Licitação da ANP, pelo consórcio ExxonMobil (40%), Petrobras (30%) e QP Brasil (30%).
A companhia estadunidense possui licença do Ibama para perfurar até seis poços neste bloco e em outros quatro: C-M-789, S-M-536, S-M-647 e na área de partilha Titã, localizados nas Bacias de Campos e Santos, respectivamente. Desses seis poços, dois já foram perfurados, sendo um no bloco C-M-789 (Opal) e outro na área de Titã (Titã-1), ambos pela sonda West Saturn, da Seadrill. Os outros quatro são contingentes.
A Resolução ANP nº 815/2020 foi publicada no início de 2020 em função da pandemia de Covid-19. O prazo máximo concedido é de nove meses, sendo que a possibilidade de adiamento vale tanto para o Primeiro Período Exploratório (PEM) quanto para o Plano de Avaliação de Descoberta (PAD). Veja a tabela com todos os pedidos descritos abaixo (clique nas imagens para ampliá-las):
Em abril deste ano, a diretoria da agência reguladora aprovou a realização de consulta e audiência pública para aumentar o tempo de prorrogação concedido pela resolução, aumentando o adiamento para 18 meses. A consulta vai até terça-feira (3/5), e a audiência está marcada para o dia 16 de maio.
Fonte: Revista Brasil Energia