
A ANP publicou, na segunda-feira (16), o sumário executivo das novas áreas de desenvolvimento de Raia Manta e Raia Pintada, originadas de recentes declarações de comercialidade do bloco C-M-539, localizado no pré-sal da Bacia de Campos. O bloco faz parte do contrato de concessão do BM-C-33, operado pela Equinor (35%) em parceria com a Repsol Sinopec Brasil (35%) e a Petrobras (30%).
A declaração de comercialidade significa que a empresa (ou consórcio) decidiu iniciar o desenvolvimento da área retida, visando à produção. Após essa declaração, a área retida passa a ser considerada uma “área de desenvolvimento” até que haja a aprovação de um Plano de Desenvolvimento, momento no qual ela é considerada um “campo produtor”, explica a ANP em comunicado.
“A efetivação da declaração de comercialidade ainda será realizada pela ANP, com base no atendimento das determinações da Resolução ANP nº 845/2021 (que estabelece os requisitos, critérios e procedimentos para a apresentação e a aprovação pela ANP do Plano de Avaliação de Descobertas de Petróleo ou Gás Natural – PAD, do Relatório Final de Avaliação de Descobertas de Petróleo ou Gás Natural – RFAD, e para a apresentação da Declaração de Comercialidade)”, continua a agência reguladora.
As áreas de desenvolvimento – que têm como objetivo principal a produção de gás natural no reservatório de Lagoa Feia – são oriundas dos resultados da avaliação realizada pela Equinor no âmbito do PAD dos poços 1-REPF-11A-RJS, 1-REPF-12D-RJS e 6-REPF-6P-RJS (PAD Gávea-Seat-Pão de Açúcar), perfurados no C-M-539.
O C-M-539 foi adquirido na 7ª Rodada de Licitações e está localizado na parte sudoeste da Bacia de Campos, a aproximadamente 200 km da costa do estado de Rio de Janeiro. O bloco, com área total de 707.673 km², está situado em lâmina d’água ultraprofunda (variando entre 2,5 mil m e 2,9 mil m).
As declarações de comercialidade foram enviadas pela Equinor à ANP no dia 20 de setembro deste ano. O consórcio investirá cerca de US$ 9 bilhões no projeto do BM-C-33, que compreende a utilização de um FPSO capaz de processar gás e óleo/condensado, sem a necessidade de processamento em uma UPGN em terra.
O gasoduto de Pão de Açúcar, que terá 200 km de extensão, será responsável por escoar o gás que será processado no FPSO do projeto em direção ao Terminal de Cabiúnas (Tecab), em Macaé (RJ), enquanto os líquidos serão escoados por meio de navios-tanque. O primeiro óleo do BM-C-33 está previsto para 2028.
Fonte: Revista Brasil Energia