A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) autorizou o Grupo Wilson, Sons a operar na navegação de cabotagem ¬ transporte marítimo entre portos dentro de um mesmo país. A empresa planeja estar apta a atender clientes com grande volume de carga própria, mas informou em nota que não pretende, neste momento, operar de forma efetiva no segmento.

Com a permissão, a Wilson, Sons poderá obter financiamentos do Fundo da Marinha Mercante (FMM) para a construção de embarcações. No entanto, para manter a autorização, a empresa deverá iniciar a atividade em até quatro meses e manter ao menos uma embarcação em operação comercial. Além disso, não poderá paralisar o transporte marítimo por mais de 90 dias nem afretar embarcações a terceiros.

A permissão foi oficializada no último dia 24 com publicação no Diário Oficial da União. Atualmente, 31 empresas estão autorizadas a realizar este tipo de transporte no Brasil.

A Wilson, Sons possui um estaleiro em Guarujá especializado na construção de rebocadores, barcos-patrulha, ferryboats, barcos de apoio portuário e supply-boats (embarcação de apoio a plataformas de petróleo). Administra também terminais de contêineres em Rio Grande (RS) e Salvador (BA) e atua nos segmentos de agenciamento marítimo, rebocagem, logística e offshore.

DESENVOLVIMENTO
A superintendente de Navegação Marítima e de Apoio da Antaq, Ana Maria Pinto Canellas, disse considerar que a frota de cabotagem está sendo renovada com os investimentos crescentes realizados pelas empresas brasileiras. Segundo ela, um dos exemplos é o da empresa Log-In, ligada à mineradora Vale, que utilizou recursos do FMM para encomendar a construção de cinco navios porta-contêineres com capacidade para 2.700 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) para este tipo de navegação. De acordo com Ana Maria, o primeiro navio deve entrar em operação em 2010 e o último, em 2013.

Ela também citou a importação de dois conteineiros com capacidade para 2.500 TEUs pela Mercosul Line.