
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) anunciou na sexta-feira (29) que iniciará, no Centro de Simulação de Manobras de Navios do Instituto Praticagem do Brasil, cursos para aprimorar os estudos de licitação nos portos e diminuir os custos e impactos nas instalações portuárias brasileiras, com uso de dois simuladores, que têm padrão de segurança e tecnologia mundial. Os equipamentos, segundo a entidade, facilitam avaliações de projetos aquaviários e portuários, subsidiam a tomada de decisões dos formuladores de políticas públicas e auxiliam o treinamento dos práticos.
O uso do centro de simulação pela Antaq é consequência de um protocolo de intenções, assinado em julho, entre a Agência e o Instituto. A unidade é capaz de simular, com precisão, manobras de navios em diferentes condições ambientais. Com quase 360 graus de cobertura visual, o simulador replica a resposta hidrodinâmica das embarcações e oferece as funcionalidades de navios reais.
Simula, inclusive, a colisão de navios e, quando isso acontece, o sistema para e reinicia. A tecnologia permite ainda testar a viabilidade de operações portuárias em cenários extremos, como ventos fortes, correntes intensas e chuvas, para evitar encalhes e reduzir riscos operacionais e custos logísticos.
Com uso dessa inovação, o centro de simulação reduz erros nas operações reais, garantindo mais segurança, melhora o preparo das equipes e aproxima decisores públicos e privados da realidade marítima. No caso de novo terminal de uso privado, de ampliação de portos existentes ou de necessidade de dragagem nos canais de acesso, a Marinha do Brasil, autoridades portuárias e práticos são convidados a participar das simulações para entender a nova realidade.
Essa integração acelera a formulação de políticas públicas e aprimora a regulação do setor. Com essa tecnologia, novas infraestruturas portuárias conseguem operar com mais eficiência desde o primeiro dia, atendendo aos mais elevados padrões de segurança, ambientais e comerciais.
Ao apresentar o simulador, o diretor da Praticagem do Brasil e conselheiro de administração do Instituto Praticagem do Brasil, Ricardo Falcão, lembrou que, ao reduzir a possibilidade de acidentes, o equipamento atende ainda aos anseios de quem mora ou trabalha no entorno de portos. “O morador quer um porto 100% seguro, porque as fábricas e consequentes empregos
dependem daquela instalação, seja para receber insumo ou para exportar alguma coisa”.
Fonte: Revista Portos e Navios