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Clippings - 25/11/09

Armador assume papel de operador logístico em busca de crescimento

Com isso, empresas assumem atividades em terra para conectar o serviço marítimo ao transporte terrestre, seja ferroviário ou rodoviário

WebTranspo

Em um mercado cada dia mais competitivo é inevitável que empresas passem a assumir o maior volume possível de serviços para oferecer aos clientes. E no mercado de cabotagem não é diferente. A Aliança Navegação e Logística, por exemplo, muitas vezes, tem assumido a posição de operador logístico para disponibilizar as melhores opções aos parceiros.

“O mercado cada vez mais acirrado, com crescentes desafios e exigências em termos de produtividade e de qualidade dos serviços, aliado a disseminação dos conceitos de cadeia logística estendida, nos desafiou a entender além dos limites de nossa atuação e buscar atividades correlacionadas que asseguram o sucesso de nosso serviço principal ou agregam efetivo valor a cadeia logística de nossos clientes”, justifica Daniel Amaral, Coordenador de projetos logísticos da área de cabotagem da armadora.

Segundo o executivo, para apresentar mais opções de negócios, a companhia assumiu atividades em terra que conectam o serviço marítimo, como o transporte terrestre, seja ele rodoviário ou ferroviário, tanto na origem quanto no destino, armazenagem, gestão e operação de distribuição.

“A cabotagem já nasceu com o conceito de operação porta a porta, portanto, atividades logísticas intermediárias como armazenagem, transporte de pontas interligando plantas ao porto e vice-versa e distribuição, passaram a ser atividades também core de nosso negócio”, argumenta.

Para Amaral, o mercado de prestação de serviços logísticos vem crescendo muito rapidamente em todo o mundo. Para ter uma ideia do fenômeno, o executivo aponta que, apenas na indústria química Norte Americana, o número médio de atividades logísticas terceirizadas, por empresa, cresceu de 1,5 para 5,5 nos últimos cinco anos.
Além disso, em recente pesquisa envolvendo os mercados Europeu e Norte Americano, verificou-se que 78% dos gerentes europeus e 46% dos americanos entrevistados afirmaram estar comprometidos com a terceirização de suas atividades logísticas e que a tendência era a de aumentar o número de atividades logísticas terceirizadas.

No Brasil, apesar do processo de terceirização das atividades logísticas ainda ser relativamente recente, o potencial de mercado é elevado. Um estudo do Banco Mundial estima que somente os gastos com transportes no País sejam equivalentes a 10% do PIB (Produto Interno Bruto).

Desafios X Oportunidades
Questionado sobre as potencialidades e barreiras deste tipo de atuação, Amaral aponta que “os desafios são enormes e passam desde a superação da infraestrutura logística limitada, pelo alinhamento de critérios homogêneos de tributação entre os modais até a mudança interna nas empresas revisando seus processos internos a fim de que contemplem uma alternativa modal diferente daquela que tem sido tradicionalmente utilizada”.

Já em relação às oportunidades, o executivo aponta que “atualmente, o mercado brasileiro de operadores logísticos reúne aproximadamente 250 empresas, que em 2008 faturaram aproximadamente R$ 15 bilhões. Trata-se de um mercado com potencial para R$ 30 bilhões. Afora esses números outro fator que tem nos motivado é o grande crescimento da cabotagem frente a outros modais tradicionalmente utilizados”, conclui.