Os reajustes oscilam entre US$ 200 e US$ 300, podendo superar este teto.
Os armadores fecharam ontem, dia 1°, outra rodada de alta nos fretes das linhas que operam contêineres, descrevendo os últimos esforços para elevar os preços como muito positivos.
Embora o trade Ásia-Europa continue no vermelho, aumentos que superam US$ 300 por Teu (unidade de medida de um contêiner de 20 pés) foram definidos por algumas linhas. Mas como o aumento é muito frágil e um passo errado de alguns dos maiores players poderá torná-los ainda mais vulneráveis, as linhas estão reduzindo sua capacidade.
Esse foi o cenário desenhado ontem pela CKYH, aliança que une os armadores Cosco Container Lines, K Line, Yang Ming e Hanjin Shipping, que anunciou planos de reduzir 20% a capacidade do trade Ásia-Europa, seguindo uma completa reestruturação dos serviços oferecidos na rota.
Em outubro, as rotações entre a Ásia e o norte da Europa serão reduzidas de cinco para quatro, enquanto que as da Ásia para o Mediterrâneo cairão de três para duas, como parte de uma revisão que visa a diminuição da duplicidade de escalas nos portos e a padronização do tamanho dos navios quando possível.
As quatro viagens entre a Ásia e o norte da Europa serão iniciadas por navios com capacidade entre 8.000 Teus e 8.500 Teus.
Armadores têm usado vários artifícios para restaurar as receitas, entre os quais, aumentos de tarifas com uma combinação de esforços para aumentar o volume de cargas, ampliando serviços e a utilização dos navios. Nossos navios estão cheios, afirmou um diretor.
Mas há um longo caminho antes de as tarifas voltarem aos níveis do verão (europeu) passado, quando os volumes de carga começarem a despencar no início do ano, atingindo o ápice de 80%. Após conseguirem os aumentos que oscilam de US$ 200 e US$ 300 por Teu, podendo inclusive superar este teto, ontem, um armador afirmou: Vamos precisar de outros três aumentos dessa ordem para atingir o breakeven.