Os armadores em operação no País, reunidos no Centro Nacional de Navegação (Centronave), defendem a abertura de novos terminais portuários e retroportuários para dar fim aos atrasos e aos cancelamentos de escalas de navios. As companhias de navegação também pleiteiam a mudança de procedimentos dos órgãos de fiscalização e a continuidade de investimentos na infraestrutura.
Segundo o diretor-executivo do Centronave, Elias Gedeon, o Governo Federal precisa urgentemente licitar novos terminais marítimos e retroportuários alfandegados, ampliando os atuais, como medida para aumentar a capacidade dos complexos.
Os armadores também querem ajustes nos procedimentos dos órgãos de fiscalização, como a Receita Federal, que precisa ter seu quadro de fiscais ampliado, segundo eles. As empresas ainda defendem a implantação do Porto 24 horas, reduzir o tempo de perdimento de cargas de 3 meses para 45 dias, com aceleração dos leilões, e implantação de sistemas para liberação das cargas antes mesmo da chegada delas aos portos.
Para resolver a questão em Santos, e a partir dele minimizar o impacto nos outros portos, o diretor-executivo do Centronave, listou a implantação dos dois terminais em construção: o Embraport e o Brasil Terminal Portuário (BTP), ambos privados e ligados a armadores. Ele ainda pediu providências do Governo Federal para aumentar a capacidade da retroárea do cais santista, um dos problemas atuais devido à lotação dessas instalações.