Os armadores estão postergando a introdução de novos serviços nas principais rotas do Extremo Oriente para a Europa e Estados Unidos, dado o enfraquecimento das taxas de frete em janeiro.
Segundo relatório da consultoria marítima Alphaliner, as taxas tem deteriorado apesar de uma melhora nos níveis de utilização da frota marítima, provocado pela demanda pré Ano-Novo Lunar. Além disso, as operadoras estão tentando reduzir o impacto do elevado número de entregas de embarcações de grande porte ao segmentar navios em trades secundários.
No entanto, a retenção deverá ser por um curto perãodo, dadas as embarcações com mais de 10 mil Teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) programadas para entre este ano. O movimento será liderado pela MSC, que terá entrega de até 15 porta-contêineres de grande porte – entre 12.500 Teus e 14 mil Teus -, de acordo com registros da Alphaliner.
O serviço Silk da MSC (entre Extremo Oriente e Norte da Europa) já está totalmente em equilíbrio com a escala de 14 mil Teus desde agosto do ano passado, enquanto o serviço Lion ainda tem dois navios de porte menor (11.600 Teus) implantado. O restante dos navios na rota são maiores do que 12.500 Teus. A operadora também já começou a implantar suas unidades de 14 mil Teus para o serviço Dragon – entre Ásia e Mediterrâneo -, no qual emprega atualmente três unidades entre 13 mil Teus e 14 mil Teus. Estes são os maiores navios em serviço em todo o ciclo da Ásia e Mediterrâneo. Apenas o serviço Tiger tem ainda uma capacidade média de menos de 10 mil Teus.