A previsão de greve dos funcionários da Codesp, a partir das 6 horas de hoje, levou operadoras de cruzeiros a pedirem à Docas autorização para operarem com amarradores próprios durantea paralisação. A ideia é contratá-los diretamente da prestadora de serviços da estatal.

Os amarradores são responsáveis por concluir a atracação, prendendo os cabos dos navios aos cabeços instalados nos berços de atracação.

Segundo comunicado da CODESP a greve poderá acarretar uma alteração da rotina do terminal.

“Este impacto poderá causar impactos diretos nas atracações e desatracações dos navios e possivelmente no recebimento e na entrega de contêineres, em função das restrições de acesso, caso os funcionários administrativos decidam por aderir a greve e paralizem os fluxos de informações no sistema”, pontua a nota do Porto.

Greve

Essa será a segunda greve dos funcionários da Codesp nos últimos dias. A primeira aconteceu em 21 de novembro passado e durou apenas 24 horas. Na ocasião, não havia escalas de navios de cruzeiro no cais santista. O prejuízo ficou para as agências de navegação, que pagaram US$ 1,6 milhão de sobrestadia, conforme cálculo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar).

As paralisações são um protesto pelo descumprimento do último acordo coletivo da categoria. A negociação previa reajuste de salários, tratamento igualitário entre a remuneração dos novos funcionários e a dos antigos e a adoção de auxílios. No entanto, apenas o aumento de 9,6% foi liberado.

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