Durante a conferência CMA Shipping 2012, realizada nos Estados Unidos nesta semana, Dale Ploughman, diretor Executivo da Seanergy Maritime, afirmou energicamente que os armadores temem pela segurança de suas tripulações e navios se as regulações de eficiência energética das embarcações, propostas pela IMO (Organização Marítimo Internacional), se concretizarem.
Apesar de haver uma série de estudos constatando que as medidas para redução de dióxido de carbono são seguras, o executivo taxou as regulações como “uma receita para um desastre”, ressaltando que limitar a potência dos motores dos navios pode fazer com que a embarcação faça um esforço extraordinário para manterem sua rota durante momentos de clima desfavorável. Ele também enfatizou que encomendar frotas de navios supereficientes faz pouco sentido no mercado atual, já que a economia é muito baixa.
O EEDI, nome dado ao conjunto de regulações, prevê que certos tipos de navios sejam construídos conforme práticas mais sustentáveis, especialmente no que diz respeito ao design da embarcação e mais eficiência energética. A perspectiva é de que um navio bulk supramax médio, por exemplo, economize entre quatro e sete toneladas de combustível por dia. No entanto, o preço dos novos navios supereficientes é mais caro e, portanto, a economia deve compensar o custo: em vez de custar cerca de US$ 23 milhões, ele custa em torno de US$ 34 milhões.