O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam), Ronaldo Lima, está preocupado com a alta de custos no país. Afirma estar – junto com os demais armadores, integrante do Syndarma – ansioso por obter do Governo Federal a desoneração da folha de pagamento das empresas para ter o benefício de poder pagar 1% do faturamento em vez de arcar com as atuais alíquotas de INSS. No momento, a Abeam procura estimular a criação, pela Fundação Getúlio Vargas, de um índice de custos para a operação com barcos de apoio a plataformas de petróleo.
Explica Lima que os contratos entre as empresas e a Petrobras são feitos com prazo de 11 anos – três do perãodo de construção e oito de operação – e é importante se medir com exatidão os custos, para que nenhum lado se beneficie ou se prejudique, ou, como se diz em economês: para evitar-se desequilíbrio econômico e financeiro ou onerosidade excessiva dos contratos.
Outro ponto que vem preocupando as empresas de apoio marítimo é a morosidade na aprovação dos benefícios fiscais previstos no programa Repetro, o que atrasa a entrada em operação das embarcações de bandeira estrangeira. No momento, operam no Brasil .cerca de 450 barcos de apoio e as previsões indicam que, em 2020, esse total chegará a 700. Por lei, todo esse mercado deveria ser ocupado por barcos construídos no Brasil, mas como a demanda é maior do que a oferta interna, pouco mais de metade dos barcos que operam na costa são estrangeiros e espera-se, para o futuro, ampliar a fatia brasileira.
A demanda por barcos de apoio é cada vez maior. Nesta quinta-feira, foi anunciado que o poço Pão de Açúcar, na Bacia de Campos, pode ter 1,2 bilhão de barris. A nova área vai demandar barcos de apoio, helicópteros, plataformas e tudo mais, pois o mercado de petróleo, no Brasil, é efervescente e o pré-sal ainda está em fase incipiente.