A Associação dos Armadores Dinamarqueses está protestando contra o socorro estatal às empresas de navegação. A entidade reclamou à União Europeia que o apoio para linhas de contêineres não é justo e deveria vir acompanhado de uma redução forçada de frotas.

O raciocínio é que a falência deveria deixar no mercado apenas os que sobreviveram e prosperaram. Segundo a entidade, a continuação das operações de empresas de transporte de contêineres inchadas deve ter um grande impacto no mercado.

Por enquanto, há duas grandes companhias alvos de apoio estatal. A alemí Hapag-Lloyd, que recebeu 1,2 bilhão de euros em garantias de empréstimo do governo alemão, embora tenha o governo de Hamburgo como principal acionista, e a francesa CMA CGM.

Jacques Saade, fundador e diretor da última, já deu sinais de que estaria interessado em receber dinheiro do Strategic Investment Fund do governo francês, criado para proteger grandes empresas do país.

Atualmente, a CMA CGM está em negociações com bancos e credores para reestruturar seus débitos e melhorar seu fluxo de caixa. A chilena CSAV, por sua vez, foi recapitalizada por seus credores.