O presidente da Companhia Docas do Estado do Espírito Santo (Codesa), Angelo Baptista, está satisfeito com os resultados dos portos capixabas em 2010. Boa parte do aumento da movimentação de cargas nos portos do Espírito Santo se deve às atividades de apoio offshore, que são os serviços de transporte de suprimentos para as plataformas de exploração de petróleo e gás.
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“Este foi um segmento que cresceu bastante em 2010 e desponta com grande potencial de crescimento para os próximos anos, uma vez que a exploração de petróleo no estado continua crescendo”.
Baptista informa que a Codesa apresenta uma receita 50% superior aos resultados de três anos atrás. “Hoje o Porto de Vitória está operando com segmentos que tem um nível de remuneração maior. Há um volume menor de cargas, no entanto há um numero maior de atracações de navios, principalmente da indústria de petróleo e gás que remuneram melhor o setor portuário. Este ano, fecharemos com cerca R$ 85 milhões de receita”.
O minério de ferro ocupa a primeira posição no ranking de cargas movimentadas, seguido da importação de carvão para as siderúrgicas locais e da exportação de celulose, no complexo portuário do Espírito Santo. Especificamente no Porto de Vitória, há uma diversificação grande no que diz respeito aos tipos de cargas transportadas. São movimentados cerca de 200 mil contêineres/ano, além de carga geral, fertilizantes e açúcar.
Sobre o atraso no processo de licitação da dragagem do Porto de Vitória, o presidente da Codesa explicou que os recursos para o projeto foram aprovados junto ao Governo Federal e a licitação foi efetuada pela Secretaria de Portos. No entanto, mesmo com tudo encaminhado, o Tribunal de Contas da União, entendeu que houve sobrepreço na licitação, o que fez com que a SEP cancelasse a licitação para fazer outra em 2011.
“A licitação para a contratação do projeto, considerando a localidade de Praia Mole, será lançada no início de 2011. É um projeto complexo, que custará entre R$ 15 a 20 milhões. Normalmente, um projeto básico custa em torno de 2% do valor total da obra. E esta obra deve ficar em torno de R$ 1 bilhão”.