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Clippings - 30/10/09

Atlântico Sul quer mais fornecedores

Suape Estaleiro já vem apoiando programas de capacitação para preparar as companhias locais para atender as expectativas dos projetos

Adireção do Estaleiro Atlântico Sul pretende dobrar em dois anos o número de empresas pernambucanas atuando no fornecimento de materiais e serviços para a construção de navios pela fábrica. Atualmente, são 12 empresas locais trabalhando nessa área, entre mais de uma centena de fornecedores de todo o mundo já contratados pelo EAS. O megaempreendimento já vem, de acordo com seus diretores, apoiando programas de capacitação para preparar as companhias locais no sentido de atender as expectativas dos projetos. Atualmente, o estaleiro está fabricando seu primeiro navio, um dos 22 petroleiros já encomendados pela Petrobras. A meta é finalizá-lo até fevereiro do próximo ano, e então iniciar o acabamento, com a perspectiva de entregá-lo até junho, dois meses antes do prazo final contratado. O grupo trabalha com o objetivo de concluir a construção de três navios até o fim de 2010.

Para dar conta dessa demanda, de acordo com José Roberto Moraes, diretor de fornecimento do estaleiro, a empresa vem procurando trabalhar em parceria com o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco (Simmepe) no sentido de capacitar a mão de obra e os empresários do setor, fortes candidatos a atuar no fornecimento para o estaleiro.

De acordo com Alexandre Valença, vice-presidente do Simmepe, o grande passo nessa área será a implantação de um projeto de capacitação da gestão dessas empresas, criado em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Instituto Evaldo Lodi (IEL) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que vai beneficiar, com US$ 6 milhões (R$ 10,5 milhões), trabalhos de consultoria e desenvolvimento em quatro estados, cada um em um segmento diferente.

Em Pernambuco, onde o escolhido foi o setor de metalurgia, 20 empresas estão engajadas nesse processo. Também estamos realizando essa capacitação através do programa Prometal, lançado há quatro anos, que atua com um trabalho permanente, que já atendeu aproximadamente 30 empresas, explicou Valença.

A preparaçãode empresas locais atende uma das metas do estaleiro para transformação de sua base de fornecedores. A meta, segundo Moraes, é ampliar o índice de nacionalização das empresas que a compõem. No primeiro navio, que está em construção, são 60%. Para o segundo, próximo ano, o objetivo é chegar a 70%.

Nos 10 primeiros navios que serão construídos, o investimento será de US$ 1,2 bilhão, ou R$ 2,1 bilhões, de acordo com Moraes. A perspectiva do EAS é manter um volume de compras junto aos fornecedores de R$ 700 milhões e R$ 800 milhões por ano. O mercado mudou muito para nossa área, desde a chegada do estaleiro e de outros empreendimentos. Precisamos nos preparar, comentou Valença.