Os campos compõem o Polo Porto Carão e o Polo Barrinha, ambos localizados na Bacia Potiguar; a transação está condicionada ao aval da ANP, entre outras condições

Ativo onshore da Brava Energia (Foto: Divulgação Brava Energia)
A Brava Energia assinou um contrato com o consórcio formado pela Azevedo & Travassos Petróleo (ATP) – subsidiária da Azevedo & Travassos Energia (AZTE) – e a Petro-Victory Energy para a venda de 13 campos de produção de petróleo. Assinado na última sexta-feira (7), o contrato ainda precisa do aval da ANP, entre outras condições, para sua conclusão.
Os campos estão localizados no onshore da Bacia Portiguar e compõem o Polo Porto Carão e Polo Barrinha, da 3R RNCE e 3R Potiguar, subsidiárias da Brava. Porto Carão tem quatro campos (Porto Carão, Serraria, Lagoa Aroeira e Carcará), enquanto Barrinha tem nove (Pintassilgo, Barrinha, Barrinha Leste, Barrinha Sudoeste, Fazenda Canaan, Poço Verde, Serra Vermelha, Pedra Sentada e Serra do Mel).
Em 2024, os campos produziram a média de 250 boe/d, bem como possuem cerca de 125 milhões de barris de óleo in place. Esta transação começou a ser negociada em dezembro do ano passado, momento no qual as empresas assinaram um contrato de exclusividade.
O montante total da aquisição foi de US$ 15 milhões, sendo US$ 600 mil na assinatura do contrato. O restante do valor foi dividido em: US$ 2,9 milhões no fechamento da transação; US$ 3,5 milhões 12 meses após o fechamento; US$ 4,5 milhões 24 meses após o fechamento; e US$ 3,5 milhões em formato de pagamentos correspondentes a 7% da receita bruta da produção dos campos.
Além disso, o contrato prevê que toda a produção durante o período de transição seja vendido para a refinaria da Brava Energia e sua geração de caixa abatida do valor da transação, e que o consórcio assuma a responsabilidade pelo abandono do ativo, estimado em aproximadamente US$ 21 milhões.
Para a Brava, a transação está alinhada à estratégia de otimização de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, com foco em ativos de maior prioridade em termos de retorno ajustado a riscos, crescimento e opcionalidades.
Já para a Azevedo & Travassos, a transação é complementar à estratégia que iniciou-se em 2024, como a aquisição da Phoenix Óleo & Gás, que detém o Polo Periquito; e a parceria com a Petro-Victory em relação ao campo de Andorinha e o Bloco POT-T-281.
Todos estão localizados na Bacia Potiguar, e os polos Porto Carão e Barrinha estão próximos destes outros ativos, “apresentando alto potencial para sinergias logísticas e operacionais”, explicou a companhia em comunicado.
Com a Petro-Victory, a Azevedo & Travassos pretende, ainda em forma de consórcio, buscar mais oportunidades no setor. Já estão observando ativos que não têm mais sinergia com as grandes junior oils, bem como pretendem expandir a estratégia operacional para oportunidades além da Bacia Potiguar.
Fonte: Revista Brasil Energia