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Clippings - 29/07/24

Basa tem R$ 5,5 bilhões para financiamentos no setor de infraestrutura

Arquivo/Divulgação

Na linha do FMM estão disponíveis em torno de R$ 300 milhões. Presidente do banco disse que estão em andamento iniciativas a fim de captar recursos de fontes internacionais

O Banco da Amazônia (Basa) tem aproximadamente R$ 5,5 bilhões disponíveis para o setor de infraestrutura. Desse total, R$ 300 milhões do Fundo da Marinha Mercante (FMM), R$ 2,9 bilhões da linha do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). Outros R$ 1,5 bilhão correspondem a um limite junto ao BNDES, que pode ser aumentado, e R$ 800 milhões estão ligados ao Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA). O presidente do Basa, Luiz Lessa, disse que o banco tem tido um ‘olhar especial’ ao potencial da região norte quanto a investimentos em infraestrutrura, o que se reflete na demanda de crédito.

O presidente da Basa destacou que o setor portuário terá investimentos da ordem de R$ 14,5 bilhões até 2026, sendo R$ 8 bilhões em concessões previstas, inclusive na região norte. Ele observa que existem muitas iniciativas privadas para a construção de novos portos em áreas comos Santana (AP) e Barcaena (PA) por investidores privados que estão expandindo ou construindo novos terminais.

“Temos conversado muito com setor de estaleiros para tentar sentir a demanda porque o porto na região norte normalmente é seco e tem uma quantidade de coisas [instalações] que precisam estar na água. Temos conversado com o setor de estaleiros e a carteira está grande. Tem estaleiro com carteira tomada até 2028, isso é sinal de aquecimento”, afirmou Lessa nesta semana, durante painel do evento Norte Export, em Palmas (TO).

O banco, que é agente do FMM, trabalha com taxa do FMM 2% a 7% ao ano, mais TJLP (6,91% ao ano+IPCA), mais Taxa Basa (1,8% a 2,5% ao ano). A taxa do FMM depende do percentual de conteúdo nacional e internacional e do valor/volume financiado dos itens acionais e internacionais. A linha do FMM oferece até 20 anos com carência. Segundo Lessa, é possível negociar a associação de empréstimo ponte ao financiamento do projeto.

Lessa contou que o banco também tem em andamento iniciativas a fim de trazer recursos de fontes internacionais. Ele contou que existe a expectativa de assinatura, em agosto, de uma parceria com a Agência Francesa de Desenvolvimento. Ele acrescentou que existem outras conversas avançadas com o Banco Mundial e com o ‘Banco dos BRICS’, que devem ajudar a trazer cerca de R$ 2 bilhões para compor a disponibilidade de recursos.

Ele ressaltou que a realização da COP30 em 2025, em Belém (PA) chamará a atenção internacional e abrirá espaço para investimentos maiores. Lessa destacou o desenvolvimento do Arco Norte e da região do MATOPIBA , formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O banco identifica carências que geram demanda na área de infraestrutura, incluindo rodovias, ferrovias, estrutura deficitária de armazenamento e nos portos. Ele citou que o crescimento doa agronegócio impulsiona a necessidade de investimentos em terminais logisticos e outras infraestruturas. “A COP30 está trazendo uma oportunidade de investir em infraestrutura e levar desenvolvimento para a região”, projetou.

Fonte: Revista Portos e Navios