A BG do Brasil, parceira da Petrobras em diversos projetos no pré-sal, estima que a perfuração de poços nos campos de Guará e Lula demandarão investimentos de até US$ 70 bilhões nos próximos anos. O número é uma estimativa do presidente da BG no País, Nelson Silva, com base no custo médio atual de perfuração de um poço na região. Para o desenvolvimento completo dos campos de Lula e Guará serão necessários perfurar 350 poços. Em uma conta simples, vemos que os investimentos nessa parte podem chegar a US$ 70 bilhões, disse o executivo, durante palestra na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo o executivo, a Petrobras e a BG estão trabalhando para reduzir o tempo médio de perfuração de poços nos campos do pré-sal, em águas ultraprofundas. Silva lembrou que o primeiro poço perfurado na área levou 400 dias.
Hoje, esse prazo já caiu para 180 dias, porém ainda aquém do nível que as companhias consideram ideal. Para se ter uma ideia, o custo diário da perfuração de um poço é de US$ 1 milhão. Ou seja, apenas o custo de perfurar um poço na região do pré-sal chega a US$ 180 milhões, destacou o presidente da BG. Até hoje, as duas empresas já perfuraram 28 poços na região. Dos 13 navios-plataformas, oito estão sendo construídos no Brasil, em um estaleiro localizado no Rio Grande do Sul. De acordo com Silva, o investimento em cada FPSO é de US$ 5 bilhões. Só o campo de Lula precisará de 10 FPSO. Ou seja, o aporte total é de US$ 50 bilhões, disse.