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Clippings - 31/01/11

BG planeja crescimento no Brasil

Após desentendimentos com a Petrobras, com relação a estimativas das reservas do pré-sal, que levara a estatal brasileira a publicar desmentidos na imprensa, a petrolífera britânica BG busca se solidificar no mercado nacional, no qual fincou suas bases há 16 anos.

Para tanto, a companhia planeja investir no Brasil, através de um programa estratégico, o montante de de US$ 10 bilhões nos próximos dez anos, valor que se juntará aos US$ 5 bi já investidos no país.

Principal sócia da Petrobras nas mais significantes descobertas do pré-sal, a frente da portuguesa Galp e da espanhola Resol, a BG considera o Brasil, hoje, um país-chave para a estratégia do grupo. “A companhia está presente no Brasil desde 1994 e já investiu mais de US$ 5 bilhões no país. Em 2020, estima-se que a produção líquida do Brasil corresponda a cerca de um terço da produção total do BG Group no mundo”, diz o presidente da BG Brasil, Nelson Silva, em entrevista ao Nicomex Notícias.

De acordo com Silva, a BG tem uma parceria bem-sucedida com a Petrobras na Bacia de Santos na produção em água profundas, o que permitiu à companhia britânica ganhar a confiança da estatal brasileira. “BG e Petrobras têm pelo menos 27 anos de parceria pela frente”, ressalta Nelson. Em Santos, a BG concentra seus principais projetos, com concessão em cinco blocos, todos operados pela Petrobras: BM-S-9 (Carioca/Guara), com participação de 30%; BM-S-10 (Parati), 25% da BG; BM-S-11 (Lula, Iara, Cernambi), nos quais a BG atua com 25%; BM-S-50, 20% da petrolífera britínica e BM-S-52, com percentual de 40% para a BG.

O presidente da BG Brasil explica ainda que o grupo tem planos de longo prazo no país, tanto através de participações em reservas de petróleo e gás, quanto com o crescimento da Comgás, da qual adquiriu 60% em 1999. “Outras áreas importantes para futuros negócios da BG Brasil incluem: desenvolvimento de uma infraestrutura de gás associado à produção da Bacia de Santos (com o potencial de fornecimento da Comgás), fornecimento de GNL para o mercado local e uma maior exploração, tanto em bacias novas como já estabelecidas”, detalha Nelson Silva.

Centro de tecnologia

Decidida a se estabelecer no Brasil definitivamente, a BG quer expandir sua atuação além do setor de petróleo e gás, propriamente dito. Para isso, a companhia já busca um local para construir um centro de tecnologia global, que seria o primeiro da empresa no mundo. A previsão é de que nesse projeto sejam investidos US$ 1,5 bilhão até 2025, o que iria colaborar para o cumprimento da legislação brasileira, que obriga as companhias a destinarem 1% do seu faturamento bruto em campos que pagam Participação Especial (PE), em projetos de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia.