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Clippings - 06/10/25

Bids de poços e subsea de Búzios 12 vão ser lançados em breve

A Petrobras publicou a licitação para construir o FPSO P-91 nesta sexta-feira (3/10). Em seguida, a empresa vai ao mercado novamente para contratar mais equipamentos e serviços submarinos, incluindo a construção de gasoduto

Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras. (Foto: Armando paiva/Agência Petrobras)

A Petrobras vai lançar uma nova licitação de grande porte, em breve, para atender ao projeto de Búzios 12. Nesta sexta-feira (3/10), a empresa divulgou o bid do FPSO P-91. Logo em seguida, será a vez de iniciar o processo de compras das etapas de poços e subsea, o que inclui o gasoduto que deve interligar o FPSO à P-82, também instalada no campo de Búzios. 

A P-91 funcionará como um hub de exportação de gás natural. A ideia é, a partir dela, transportar até 5,5 milhões de m3 do insumo até a costa. Ainda não está definido de quais outras plataformas a unidade vai receber o gás. Os técnicos da Petrobras estão analisando esse ponto, mas está avançada a decisão de incluir a P-82. 

Uma das alternativas é que a P-91 seja um hub para plataformas que tenham alcançado o limite de produção de óleo por estarem no limite da capacidade de gás. Uma alternativa para situações como essa seria exportar o gás para a unidade de Búzios 12 e liberar espaço para ampliar a produção de petróleo nessas plataformas. 

Em conversa com jornalistas para explicar o projeto, a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi, afirmou que o esperado é que a P-91 tenha uma estrutura mais enxuta do que as últimas contratadas pela estatal. E, por isso, a tendência é que ela também custe mais barato, segundo Baruzzi. 

O navio-plataforma vai ser contratado pelo modelo de BOT, em que a vencedora da licitação responde pelo projeto, construção, montagem e operação do ativo por um certo tempo, definido em contrato. O índice de conteúdo local estipulado em edital é de 25%. Baruzzi disse não saber quais partes seriam construídas no Brasil, mas deu o exemplo de equipamentos que podem ser contratados localmente. 

“Muitas empresas estão interessadas no processo. Os nossos projetos têm que passar num cenário de muita resiliência, com o barril a US$ 45. Búzios 12 passa nesse cenário”, disse a diretora da Petrobras. Em seguida, ao ser questionada sobre o valor esperado para a contratação, ela brincou que não quer pagar mais do que US$ 1 bilhão. 

Baruzzi contou que tem percebido uma demanda aquecida no mercado de turbogeradores que tem afetado as licitações de plataformas da Petrobras, sobretudo por conta de encomendas partindo dos Estados Unidos. Para resolver o problema, deve ser privilegiado um fabricante nacional. 

A P-91 vai iniciar operação num prazo que ultrapassa o horizonte do atual plano de negócios da Petrobras, de 2025 a 2029. A estimativa é de que entre em produção em 2031, quando o campo de Búzios já deve ter atingido a marca de 1,8 milhão de barris de óleo equivalente (boe) por dia. 

Além da P-91, há mais cinco unidades para entrar em operação em Búzios. Instaladas todas elas e tendo alcançado a fase madura do campo, a Petrobras vai optar por interligar novos poços, como tem feito no projeto de revitalização da Bacia de Campos.

Fonte: Revista Brasil Energia