Banco vem estimulando apresentação de inventário de emissões desde e adoção de melhores práticas de gestão que visem à redução de emissões de gases de efeito estufa

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vem trabalhando ações de incentivo à descarbonização da frota naval em sua carteira de apoio ao setor. Em painel da 18ª Navalshore sobre transição energética na indústria marítima, na última quarta-feira (21), a chefe de Departamento de Gás, Petróleo e Navegação do BNDES, Elisa Salomão Lage, disse que o banco pode reduzir taxas de juros do financiamento, desde que seja comprovado o uso de tecnologias ou combustíveis com redução substancial nas emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Elisa destacou que o estímulo tem como objetivo a adoção de melhores práticas de gestão que visem à redução de emissões de GEE nas atividades para obtenção de financiamento do BNDES. Ela destacou que existem inúmeras possibilidades para projetos de construção, modernização, conversão, ou jumborização de embarcações, sendo que o combustível tende a ter um impacto maior na redução de emissões.
“Há uma combinação de investimentos que podem ser feitos e que vão reduzir as emissões (…). Não nos prendemos a nenhuma tecnologia. Só queremos que as emissões sejam reduzidas. É isso que vamos exigir de contrapartida nesse programa”, afirmou Elisa.
A chefe de Departamento de Gás, Petróleo e Navegação do BNDES acrescentou que, desde o ano passado, o banco vem solicitando o inventário de emissões, apesar de muitas empresas ainda não terem esse tipo de levantamento em suas rotinas. Segundo Elisa, essa ação visa estimular que empresas iniciem a prática de inventário de emissões, o que em algum momento pode passar a ser obrigatório.
P&D
Na abertura do evento, na última terça-feira (20), o secretário nacional de hidrovias e navegação do Ministério de Portos e Aeroportos (SNHN/MPor), Dino Antunes Batista, destacou que o Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM) fará a análise de uma prioridade para um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para conversão de motores para combustíveis de matriz limpa e renovável.
Elisa, do BNDES, acredita que esse projeto de P&D tem condição já prevista na resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) que traz as condições de apoio a esse tipo de investimento. Ela lembrou que o estágio do projeto ainda é de apreciação no CDFMM e que somente chegará ao banco após a aprovação de prioridade de financiamento. A reunião do conselho do fundo setorial está prevista para esta sexta-feira (23).
Fonte: Portos e Navios