O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estuda a possibilidade de abrir uma linha ágil de financiamento para investimentos do Governo de Pernambuco na área de infraestrutura. Atualmente, de acordo com o banco, há cerca de R$ 650 milhões na forma de carta-consulta, ou seja, em termos de projetos enviados pela gestão estadual. A informação foi divulgada ontem, ao término da 9ª reunião plenária do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social de Pernambuco (Cedes). O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, abordou os efeitos gerados pela crise financeira global.
Este perãodo de dificuldade econômica exige sempre novas medidas a serem tomadas. O presidente Coutinho levou como sugestão a proposta de agilizar as linhas de crédito. Temos a questão da Copa do Mundo, da mobilidade, do saneamento, exemplificou o governador Eduardo Campos. Por sinal, o gestor também relembrou os entraves em esperar a liberação pelas linhas de financiamentos através de organismos como o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Mundial.
Já o presidente da Agência Condepe/Fidem, Luiz Quental, falou a respeito dos projetos estruturadores do Estado e a maneira como os 65 conselheiros do Cedes poderão auxiliar na viabilização dessas obras. Ficou acertado que o grupo ajudará a administração a repensar os aportes na Região Metropolitana do Recife (RMR). Eles vão escolher cinco projetos importantes para o local e até o fim deste ano devem apresentar as medidas e ações que podem ser tomadas. São assuntos como capacitação e inovação, frisou Quental.
O dirigente da Condepe/Fidem ainda aludiu à carta-consulta remetida pela agência ao BNDES, tratando sobre recursos no valor de R$ 10 milhões, para estruturar as áreas de controle urbano e ambiental nos cinco municípios da área estratégica de Suape: Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Moreno e Escada. A perspectiva é de que haja uma resposta entre agosto e setembro. ?Acreditamos em 90% de chances de termos um retorno positivo.
Luciano Coutinho disse crer que o valor do financiamento do órgão estatal para a Região Nordeste crescerá no ano corrente em relação a 2008. Na comparação entre os primeiros semestres, porém, o resultado foi negativo, sendo de 8,33% para 8,84%.(Fonte: Folha de Pernambuco/PAULO MARINHO)