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Principal agente do FMM observa movimentos de retomada que devem resultar em aumento mais significativo no número de pedidos de apoio financeiro e em ampliação dos segmentos no próximo ano em diante
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) projeta uma retomada gradual e uma participação maior do apoio financeiro à indústria naval a partir deste ano, com crescimento maior de 2025 em diante. A avaliação é que, após um longo período de crise, que reduziu a quantidade de projetos, a demanda do setor de petróleo e gás voltou a aquecer, com uma busca por embarcações mais eficientes. A expectativa é que este cenário resulte em novos pedidos de financiamento, com a ampliação dos segmentos atendidos.
A chefe de Departamento de Gás, Petróleo e Navegação do banco, Elisa Salomão, citou a Petrobras, que tem perspectivas de investimentos da ordem de US$ 73 bilhões até 2028 em seu plano de negócios, com possíveis demandas para o setor naval. Entre elas, 38 embarcações de apoio marítimo (12 PSVs, 10 OSRVs e 16 RSVs), 16 navios de carga (4 petroleiros, 8 gaseiros e 4 MRs), além de 14 novos FPSOs que entrarão em operação e de 23 plataformas para descomissionamento e desmantelamento no período.
“Hoje temos investimentos mais voltados a docagens e modernizações, mas esperamos que isso mude. Começamos a ver movimento por novas construções de embarcações. A ideia é números cresçam um pouco o número em 2024 e tenhamos de 2025 para frente uma demanda maior”, analisou Elisa, nesta quarta-feira (7), durante o Seminário sobre financiamentos, garantias e seguros para construção naval e offshore, promovido pela Abeemar e pelo Sinaval, no Rio de Janeiro.
Elisa destacou que as mais recentes possibilidades de uso do Fundo da Marinha Mercante (FMM) incluem a construção e integração de módulos de plataformas e o desmantelamento de plataformas e outras embarcações. Ela lembrou que, no primeiro semestre de 2024, o conselho diretor do fundo (CDFMM) aprovou prioridade de apoio financeiro para os projetos Seap 1 e 2 e disse que existe a possibilidade de novas aprovações semelhantes no futuro. O banco de fomento, que representa 75% das contratações do fundo setorial, também enxerga demanda por embarcações de carga motivada pelo crescimento do setor agrícola e por investimentos no setor hidroviário, entre outros projetos.
Fonte: Revista Portos e Navios