Os bolivianos devem entrar na disputa para fornecer gás natural para as distribuidoras na chamada pública coordenada do Centro-Sul do país. Reunião para definir a entrada da YPFB como supridora será realizada na primeira quinzena de janeiro e devem participar desse encontro representantes das distribuidoras participantes. O prazo para o envio das manifestações de interesse termina no próximo dia 31/1.

Esse encontro foi confirmado em reunião realizada em Santa Cruz de La Sierra e a pauta também incluiu a entrada da estatal boliviana como sócia no projeto termelétrico Termo Fronteira. Assim, o assunto depende dos bolivianos entregarem a documentação que permite a entrada deles como sócios no projeto que será objeto de contratação em leilão de energia promovido pelo governo.

O presidente da MSGás, Rudel Trindade, conta que também foram iniciadas as conversações sobre a venda de Gás Liquefeito do Petróleo (GLP), por parte da YPFB, para o estado do Mato Grosso do Sul e acordos comerciais para venda de uréia ao estado. A distribuidora sul-matogrossense é uma das participantes da chamada pública coordenada e tem sido vista pelos vizinhos como porta de entrada para sua atuação no Brasil, devido à sua proximidade da fronteira.

Anterioremente, o ministro boliviano dos hidrocarbonetos, Luiz Alberto Sanchez, já tinha manifestado seu interesse em fechar acordos de vendas de gás para empresas brasileiras devido à proximidade do fim do acordo de venda para a Petrobras, que repassa o gás às distribuidoras por meio do Gasbol.

Em busca de condições de mercado mais competitivas e de diversificação das fontes supridoras, cinco concessionárias de distribuição de gás natural – Compagas (PR), GasBrasiliano (SP), MSGás (MS), SCGás (SC) e Sulgás (RS) – promovem chamada pública para aquisição de aproximadamente 10 milhões de m³/dia proveniente de novos agentes interessados na oferta de gás natural.