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Clippings - 15/04/11

BP e Gran Petro têm interesse em área da Cosan

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) confirmou que há duas empresas interessadas em adquirir os negócios de querosene de aviação da Cosan. São elas a British Petroleum e a Gran Petro.

Em dezembro, o órgão antitruste mandou a Shell vender essa parte da Cosan para a concorrência. A multinacional recorreu e o Cade vai julgar novamente o caso no dia 4 de maio.

Ontem, o presidente do Cade, Fernando Furlan, explicou que a determinação de venda foi imposta porque o órgão antitruste verificou que existem três grandes empresas que atuam no abastecimento de aeronaves: a Shell, a Cosan e a BR Distribuidora. O problema, segundo ele, é que a compra da Cosan reduziu de três para duas as companhias que atuam no mercado.

É um setor que está demandando muita atenção por conta de eventos internacionais que vão acontecer no Brasil, disse Furlan, referindo-se à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016. Para ele, o sistema de abastecimento das aeronaves será crucial para atender a demanda no país durante esses jogos.

No dia 23 de março, o Cade suspendeu o prazo de 90 dias que havia dado para a Shell vender o negócio de abastecimento de aeronaves da Cosan. Na ocasião, os conselheiros atenderam a um pedido da Shell, que quer a reapreciação da decisão. Em 4 de maio, vamos levar uma proposta de decisão para a Shell, disse Furlan. Enfim, vamos dar uma conclusão para o caso, afirmou o presidente do Cade

Ontem, os preços internacionais do petróleo encerraram o pregão em alta. O contrato do WTI com vencimento em maio avançou US$ 1,00 cotado a US$ 108,11, enquanto o ativo para junho subiu 99 centavos de dólar, para US$ 108,70. Já em Londres, o Brent para maio perdeu 52 centavos de dólar e fechou a US$ 122,36, enquanto o vencimento de junho recuou 33 centavos de dólar, para US$ 122.

A desvalorização do dólar foi apontada como o principal motivo para a segunda valorização consecutiva da commodity.

Apesar das duas últimas altas, o preço do petróleo acumula uma queda de cerca de 5% desde o começo da semana em Nova York. Desde meados de fevereiro, quando manifestações na Líbia começaram a influenciar os mercados, houve uma alta de 27%.