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Clippings - 12/05/11

BP quer produzir no Brasil mais 100 mil barris de petróleo por dia até 2020

A BP anunciou nesta quarta-feira (11) que pretende aumentar em 100 mil barris de petróleo a produção diária da companhia no Brasil, hoje em 27 mil barris diários, até o fim desta década.

O anúncio foi feito um dia após a aprovação final pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) da aquisição dos negócios de exploração e produção da Devon Energy no país, que envolvem dez blocos: oito marítimos, nas bacias de Campos e Camamu-Almada, e dois terrestres, na Bacia do Parnaíba.

Desses dez blocos adquiridos pela BP, somente o de Polvo, na Bacia de Campos, está em produção. Na mesma bacia também estão quatro campos onde já foi descoberto petróleo: Xerelete, Wahoo, Itaipu e Fragata, este último na camada pré-sal.

Vamos usar o Campo de Polvo para treinar pessoal, em funções operacionais e organizacionais, para trabalhar em outras plataformas, ressaltou o presidente da BP no Brasil, Guillermo Quintero. Ele também ressaltou que uma sonda nova, com tecnologia de última geração, está vindo do Golfo do México para realizar perfurações no Brasil. A sonda Deep Ocean Clarion chega nas próximas semanas, ainda em maio. Com isto estamos duplicando a capacidade de perfuração no Brasil, uma vez que a Devon já tem um navio-sonda operando no país, observou Quintero.

Além das operações no setor de petróleo, a BP tem no Brasil o maior investimento mundial da companhia na produção de combustíveis de fontes alternativas. Trata-se das usinas de etanol localizadas nas cidades de Ituiutaba, em Minas Gerais, e em Itumbiara, em Goiás. Juntas, têm capacidade para processar 5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano, com uma produção anual de 240 milhões de litros de etanol combustível. Estamos investindo na área tecnológica para a exploração de biocombustíveis, destacou Quintero.

BP está negociando concessões de exploração

O presidente da BP no Brasil afirmou que a empresa vai cumprir todos os compromissos assumidos pela Devon, já estabelecidos com a ANP. Não viemos apenas continuar o que a Devon começou, mas vamos investir e utilizar a Devon como plataforma de expansão, explicou. Quintero disse que a companhia vai participar das próximas rodadas para venda de blocos para a exploração de petróleo. Temos um grande interesse em todas as oportunidades offshore, sobretudo em águas profundas e na camada pré-sal, enfatizou.

Ele revelou também que, no momento, a BP está em duas ou três frentes de negociação em operações de farm in, que é o processo de aquisição parcial ou total dos direitos de concessão de uma empresa. Desta forma, a BP pode, em breve, aumentar o número de blocos para a exploração de petróleo. Já na área de downstream, que inclui o refino de petróleo, Quintero afirmou que não tem planos específicos nessa área.

Segurança foi reforçada após acidente no Golfo do México

Em 2010, a BP se viu as volta com o que foi considerado o mais grave acidente ambiental da história dos Estados Unidos. A queda de uma plataforma causou a morte de 11 homens e provocou um enorme vazamento de petróleo no Golfo do México. O ano passado foi de uma experiência e um aprendizado muito grande com o acidente no Golfo do México. Sentimos muito, principalmente pela perda da vida das 11 pessoas, desculpou-se Quintero.

Segundo Quintero, a BP passou por processos de reformulação, e foi criado um grupo de segurança e risco operacional. Começamos a reavaliar os manejos de risco, para entende-los e preveni-los, explicou ele. O Golfo do México vai continuar sendo muito estratégico e importante para a BP. Neste momento, temos que esperar que as autoridades regulatórias dos Estados Unidos permitam retomar as operações, complementou.

BP quer empregar brasileiros
Guillermo Quintero disse que a intenção é criar uma empresa que seja muito brasileira, com trabalhadores do país, que se integrem com as pessoas que venham de fora. Ele ressaltou que pretende fazer parcerias com universidade e centros tecnológicos para conseguir mão de obra especializada. Queremos captar gente que possa trabalhar, seja no Brasil, ou em qualquer lugar do mundo, finalizou.