Companhia projeta investir mais R$ 200 milhões no próximo ano.
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O Seminário Intermodal nos Trilhos, em São Paulo, reuniu mais de 300 empresários e autoridades que discutiram o novo modelo de intermodalidade ferroviária que está em crescente expansão no Brasil. O evento é uma iniciativa inédita da Brado, pioneira no mercado de transporte de contêineres por ferrovia e grande provedora de soluções logísticas, mudando a matriz do transporte de cargas brasileiro.
Durante o evento, a Companhia anunciou o crescimento de 81 mil para 120 mil contêineres transportados pela ferrovia em 2012, e também a projeção de cerca de R$ 200 milhões em investimentos para o próximo ano, sendo 80% para a aquisição de locomotivas e vagões. O presidente da Brado Logística, José Luis Demeterco, destacou a importância do Intermodal nos Trilhos, que teve o objetivo de debater o transporte de contêineres nas ferrovias do Brasil e Mercosul, além de apresentar uma palestra com foco no mercado e a evolução da Companhia em seis meses de atuação.
De acordo com o presidente, a Brado estima aplicar R$ 1,2 bilhão em cinco anos. Deste montante, R$ 700 milhões serão destinados para cinco mil novos vagões e reformas, R$ 400 milhões para 69 locomotivas, R$ 100 milhões em sete Terminais, R$ 3 milhões em 44 Carretas Plataformas e R$ 5 milhões em Tecnologia da Informação.
Hoje, a Companhia opera com 1327 vagões, e recentemente adquiriu 145 modelos Spine Car de 80’, que possibilitam o transporte de dois contêineres de 40’ e quatro ou três de 20’, além da reforma de 120 plataformas de bitola métrica. A Brado também opera 27 locomotivas, 20 Terminais Intermodais Rodoferroviários, cinco Armazéns Frigorificados, quatro Armazéns secos, um Porto Seco, 30 caminhões próprios e três mil contêineres refrigerados e secos. Todos estes ativos integrados oferecem serviços customizados e operações que atendem aos mercados interno, externo e Mercosul.
A Brado atua em aproximadamente 21 mil quilômetros de malha ferroviária numa posição geográfica que representa 85% do PIB brasileiro. “A Brado enxerga a intermodalidade como um grande mercado, pois o Brasil está precisando mudar sua infraestrutura logística para sermos mais competitivos dentro e fora do País”, ressalta o presidente da Brado Logística, José Luis Demeterco.
Também participaram do Intermodal nos Trilhos o presidente da América Latina Logística (ALL) Paulo Basílio, o presidente da Verax, Marcos Pinto, o presidente do Grupo Libra, Marcelo Araújo e o presidente da TTX, maior empresa gestora de frota de plataforma intermodal da América do Norte, Thomas Wells.
O presidente da ALL, Paulo Basílio abriu a grade de palestras falando sobre os negócios da empresa e a importância de atender o mercado customizado de contêineres, o que motivou a criação da Brado. “Percebemos que o mercado de contêiner tinha grande potencial. A necessidade de explorar novos negócios fez com que direcionássemos o projeto para esta linha. O estudo deste setor levou a formação da Brado”, afirmou o presidente da ALL.
Para o presidente da Verax e especialista em transportes no Brasil, Marcos Pinto, a ideia de colocar o contêiner nos trilhos está se materializando rapidamente, tornando-se uma nova realidade. O especialista explorou dois conceitos que estão relacionados: a carga que migra para o contêiner e o contêiner que migra para a ferrovia. “Estamos quebrando um paradigma. A ferrovia precisa de um provedor logístico intermediário que capta, consolida e faça grandes escalas para operar. Isso é o que está acontecendo no Brasil com a Brado e já aconteceu no mundo há mais de 20 anos”.
Nesta mesma linha de raciocínio, o presidente da TTX, Thomas Wells fez um comparativo entre as ferrovias norte-americanas quando começaram a ganhar notoriedade e o momento que o Brasil está vivendo. “O futuro da intemodalidade brasileira é muito promissora”, destacou.
A integração do setor para enfrentar os desafios e converter as cargas para o modal ferroviário, atingindo 100% de intermodalidade foi o assunto abordado pelo presidente da Libra Logística, Marcelo Araújo, que usou como exemplo a parceria entre a Brado e a Libra para o transporte de contêineres por ferrovia. “A nossa ideia é atuar como um acelerador deste processo, mas com a consciência de que não conseguiremos agir sozinhos. Precisamos unir forças para somar resultados. É aí que entra de maneira muito convergente a parceria da Libra com a Brado, com soluções inteligentes, oportunidades e fazendo a diferença. Este é o grande segredo do negócio”, finaliza.