O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse na sede da Fiesp em São Paulo que “o Brasil está empenhado em apoiar a União Européia no seu esforço de enfrentamento da crise econômico-financeira”.

Para tanto, convidou os empresários europeus a vender seus produtos no Brasil. “O mercado brasileiro não é fechado. É aberto.

Queremos que os senhores participem com investimento em inovação. Vamos vencer a crise com trabalho e não com recessão”, afirmou.

O vice-presidente da Comissão Europeia para Assuntos de Indústria e Empreendedorismo, Antonio Tajani, reafirmou as palavras do ministro e disse que os empresários europeus querem “apoiar a indústria brasileira com mais qualidade do que quantidade”.

Tajani liderou uma delegação de 27 empresários e representantes de câmaras de comércio de 13 países europeus que visitou o Brasil nesta semana.

Ainda durante o almoço, o ministro Pimentel e Tajani assinaram um memorando em que Brasil e União Européia se comprometem a aumentar a cooperação entre as indústrias (principalmente as pequenas e médias empresas de ambos os lados).

A cooperação terá por base a troca de informações e práticas que promovam a inovação e o desenvolvimento de modernas políticas de clusters. Também estão previstas discussões sobre a redução de encargos administrativos e facilitação de acesso a financiamento.

Nos 11 meses de 2011, as exportações brasileiras para a União Europeia totalizaram US$ 48,5 bilhões, um aumento de 25,8% sobre o ano anterior. A participação da União Europeia nas exportações totais brasileiras foi de 20,7%.

O Brasil é o 9º principal fornecedor da União Européia. Em 2010, respondeu por 2,2% das importações do bloco. O Brasil é o 10º principal destino das exportações do bloco, comprando 2,3% do que a comunidade europeia vende.

Nos 11 primeiros meses deste ano, o Brasil teve superávit de US$ 6,1 bilhões. No mesmo perãodo de 2010, o saldo havia sido de US$ 2,9 bilhões.