Presente no Pré-sal Congress 2012, no Rio de Janeiro, o diretor Tiago Lima abordou as principais atividades da Agência e os gargalos no setor marítimo.
Enquanto o Brasil se prepara para explorar uma das maiores descobertas de petróleo nos últimos 20 anos, cerca de 200 representantes do setor petrolífero do Brasil e do mundo, se reuniram durante três dias no Congresso Pré-Sal Brasil 2012, realizado no Rio de Janeiro.
De acordo com o gerente do programa, Bruno Araújo, a importância do Congresso serve para reunir e debater o estado atual da exploração de área do pré-sal, bem como acompanhar a evolução dos desafios relacionados ao setor. “A indústria está à procura de informações e de peritos”, disse Bruno.
No último dia da Conferência, que terminou hoje (06), o diretor-geral em exercício da Agência Nacional de Transportes Terrestres e Aquaviários (ANTAQ), Tiago Pereira Lima, abriu o painel Pré-Sal Offshore, falando sobre o “Sistema Brasileiro de Navegação e o Desempenho Portuário”.
O diretor destacou as principais atividades da Agência Reguladora sobre os transportes marítimos e do setor portuário nacional. De acordo com Lima, o papel principal da ANTAQ é regular, fiscalizar toda a área portuária, principalmente as concessões e as subconcessões. Segundo o diretor, outra obrigação da Agência é autorizar as licenças para a instalação de empresas marítimas de navegação.
Tiago Lima fez questão de abordar que a movimentação de cargas em 2011 foi de 886 milhões de toneladas – crescimento de 6,25% ante 2010, ocorrido nas instalações das zonas portuárias brasileiras. “Tivemos uma barrigada em 2009 por contra da crise internacional que reduziu significativamente as nossas commoditties”, disse o diretor.
Para Lima, o porto de Santos, Itaguaí e Paranaguá tiveram crescimentos importantes na movimentação de cargas. “Houve também crescimento significativo na movimentação de contêineres em 2011 (avanço de 13% ante 2010) em termo de tonelagem”, explicou Lima.
A Petrobras anunciou a encomenda de 146 embarcações de apoio marítimo destinado à atender a demanda da área do pré-sal. Segundo Lima, uma das preocupações da Agência é substituir as frotas de bandeiras estrangeiras pelas nacionais (barcos de apoio marítimo). “O Brasil gasta R$ 2,5 bilhões com afretamento de embarcações, porque não temos estaleiros nacionais preparados para construir embarcações”, ressaltou.
“Apenas 24 dessas embarcações está em processo de licitação”, concluiu o diretor lamentando o processo burocrático brasileiro. Para o diretor, pelo menos o tempo de renovação da frota brasileira vem caindo nos últimos três anos, com um espaço de sete anos – pelo menos hoje em dia.