O Brasil pode se tornar um dos maiores produtores de gás natural a partir do xisto (shale gas) nos próximos anos. É o que aponta estudo feito pelo Instituto de Energia da KPMG Global, que destaca o potencial do produto para transformar a indústria mundial já que pode tornar alguns países auto-suficientes e mudar o cenário atual de oferta e demanda de energia.
Segundo o levantamento, o aumento da produção do shale gas nos próximos anos pode mudar o mercado de energia no mundo e torná-lo a principal fonte de energia renovável; com o atual desenvolvimento e crescimento do insumo no mundo, o Brasil poderá se tonar o segundo maior produtor em um futuro próximo, atrás apenas dos EUA.
A demanda por essa fonte de energia será impulsionada por dois fatores: o aumento da população mundial e o crescimento da demanda de energia que, em 2030, será 40% maior, de acordo com dados divulgados pela Agência Internacional de Energia (AIE).
O shale gas está tornando o mercado mundial de energia mais competitivo e ampliando presença em vários países, uma vez que novas tecnologias para a extração estão sendo desenvolvidas. A produção poderá transformar países que tradicionalmente importam gás em produtores. E várias empresas vêm demonstrando a intenção de utilizar o insumo como forma de abastecer as suas unidades, analisou Manuel Fernandes, sócio da KPMG no Brasil e líder para a área de Petróleo e Gás.