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Clippings - 13/04/12

Brasil poderá ser o segundo maior produtor de gás de xisto

Segundo estudos recentes, o aumento da produção do Shale Gas (gás natural produzido a partir do xisto), nos próximos anos, pode mudar o mercado de energia no mundo e torná-lo uma das principais fontes de energia não renovável.

Estimativas colocam o Brasil, num futuro próximo, no segundo lugar como o maior produtor do insumo depois dos Estados Unidos. Em entrevista ao NN, o Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Óleo e Gás (INOG), René Rodrigues falou sobre essas perspectivas.

Para René, o termo xisto não está correto. Segundo o coordenador, o termo correto seria folhelho e neste caso específico talvez, folhelho betuminoso.

“No Brasil, a Petrobras produz principalmente óleo e gás de folhelhos betuminosos em São Mateus do Sul no Paraná. É um processo industrial de produção de óleo e gás pelo aquecimento deste tipo de rocha em atmosfera inerte (pirólise).

Neste caso, o Brasil possui a segunda reserva mundial de folhelhos betuminosos, situados na Bacia do Paraná (Formação Irati), Bacia de Taubaté (Formação Tremembé), Bacia do Parnaíba (Formação Codó) e outras ocorrências menos conhecidas”, disse René.

René frisa que, enquanto o Brasil possuir reservas de óleo e gás produzido pela própria natureza e, portanto, a um preço bem inferior, dificilmente será dado ênfase muito grande a este tipo de recursos não convencional. É um processo em que o gás foi produzido pela natureza e ficou retido nos microporos do folhelho. Para produzi-lo é necessário efetuar fraturamento hidráulico e perfuração horizontal nestes intervalos”, explica.