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Clippings - 22/09/09

Brasil prevê comércio de US$ 21 bilhões em 2009 com Argentina

São PAULO – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), Miguel Jorge, disse que o fluxo comercial entre Brasil e Argentina deverá atingir entre US$ 20 bilhões e US$ 21 bilhões até o final do ano. Após a reunião realizada com a ministra da Produção da Argentina, Débora Giorgi, ele afirmou que, apesar dos impactos gerados pela crise global, o comércio entre os países mostra um desempenho bastante importante nos primeiros oito meses de 2009.

[O resultado] está longe do fluxo de US$ 30 bilhões que tivemos em 2008, mas há uma situação diferente em termos de economia e de produção, comentou. A atividade econômica se reduziu em vários setores em ambos os países, mas a corrente de comércio de US$ 13,8 bilhões também é um número importante, complementou.

No encontro foi decidido que Brasil e a Argentina terão uma reunião dos ministérios a cada dois meses para a discussão da ampliação do relacionamento comercial entre os países. Além disso, o ministro afirmou que haverá uma integração entre Brasil e Argentina na área de petróleo e gás.

Segundo ele, o país vizinho tem tradição e capacidade tanto com grandes equipamentos como no fornecimento de peças e componentes para a indústria com produção por pequenas e médias empresas. É o que nós também procuraremos fazer no Brasil, vamos aprofundar isso para o pré-sal, para que possamos ter um maior volume de produção local.

Miguel Jorge disse, ainda, que os dois países continuarão a realizar um levantamento sobre a indústria naval na qual pode ser realizada a integração, com o envolvimento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), que vai trabalhar com organismos argentinos para fazer um levantamento das possibilidades de integração produtiva nessa área.

Os ministros disseram que apesar da crise forte no comércio mundial, haverá uma corrente de comércio de US$ 21 bilhões entre os países, até o final do ano. Longe dos US$ 30 milhões apresentados em 2008.

O ministro disse que os acordos setoriais feitos entre Brasil e Argentina caminham bem, apesar dos problemas conjunturais e pontuais que enfrentam com relação às licenças não automáticas de importação implantadas pela Argentina. Segundo o ministério, entre os itens que esbarram no licenciamento não automático estão: calçados, papel, tecnologia, bens de capital, borracha, ferramentas, linha branca, têxtil e vestuário, responsáveis por US$ 754 bilhões das exportações brasileiras para a Argentina.