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Clippings - 22/07/10

Brasil quer acesso a investigação da BP

Brasil pede para ter acesso a detalhes que estão sendo apurados sobre causas do vazamento de petróleo no Golfo do México.

O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, deixou claro ontem ao governo americano que interessa ao Brasil conhecer a fundo o resultado das investigações oficiais sobre as causas da explosão na plataforma da British Petroleum (BP) no Golfo do México. O acidente, em 20 de abril, provocou o derrame de cerca de 160 mil barris diários de petróleo por quase 90 dias – o maior desastre ambiental da história dos EUA.

O tema foi tratado em encontro entre Zimmermann e o secretário de Energia dos EUA, Steven Chu, em Washington. Ambos assinaram um memorando de entendimento que dará continuidade à cooperação bilateral na área de energia iniciada em 2003, com a criação de grupos de trabalho. Nos últimos sete anos, esse foi um dos raros setores em que a relação entre os dois países avançou.

Como o futuro dessa atividade está na extração de petróleo no mar, será importante saber exatamente o que aconteceu, da mesma forma como é preciso conhecer a fundo as razões de um acidente aéreo, afirmou o ministro. Ao final de seu encontro com Chu, Zimmermann insistiu para que os EUA não incentivem apenas a produção de carro elétrico, mas também a de veículos híbridos – o flex movido a eletricidade e a etanol. Chu limitou-se a dizer que apoia a iniciativa. Nas últimas semanas, com a elevação das críticas contra a inação do governo americano diante do acidente no Golfo do México, o presidente dos EUA, Barack Obama, lançou uma iniciativa em favor da energia limpa e incentivou especialmente a indústria de carros elétricos.

Segundo o embaixador André Amado, subsecretário de Energia do Itamaraty, o carro elétrico tem cobertor curto. A redução de emissões de gases do efeito estufa provocado pela sua utilização não compensa a poluição acumulada em sua produção. Nesse sentido, a tecnologia dos carros flex do Brasil seria mais compensadora.

Energia limpa. Os Estados Unidos lançaram dez iniciativas na área de energia limpa com outros 23 países, entre os quais o Brasil, ontem, durante a primeira reunião ministerial sobre o tema. Segundo Chu, as medidas devem eliminar a necessidade de construção de mais de 500 usinas de geração de eletricidade no mundo nos próximos 20 anos. Os países reunidos ontem em Washington, juntos, respondem por 80% do consumo mundial de energia elétrica e por 80% do mercado global de tecnologia de energia limpa.

Segundo o secretário de Energia, essas iniciativas podem ajudar na conclusão de um acordo internacional.