O Energy Outlook 2025 da bp destaca o país e a Guiana com os maiores aumentos até 2035. A demanda global pela commodity terá alta no período, mas, depois, apresentará queda até 2050

O Brasil e a Guiana terão os maiores aumentos de produção de petróleo até 2035, com 5 milhões de bpd e 2 milhões de bpd, respectivamente, segundo cenário idealizado pela bp em seu Energy Outlook 2025, lançado na última quinta-feira (25).
No respectivo cenário, nomeado de “Current Trajectory”, a bp mostra as políticas existentes. A companhia também elaborou um segundo cenário, o “Below 2º”, no qual o aquecimento global é limitado em 2ºC, a partir das metas dos Acordos de Paris.
Contrastando com essa perspectiva do cenário atual, o relatório destaca que a produção onshore dos EUA permanece estável, em torno de 15 milhões de bpd até 2035.
Segundo o cenário “Current Trajectory”, a demanda global de petróleo deverá ser de 103,4 bilhões de bpd até 2035. Depois, atingirá 85 milhões de bpd em 2050. No segundo cenário, a demanda será de 85 milhões de bpd até 2035 e cairá para menos de 35 milhões de bpd até 2050.
“A combinação de uma demanda de petróleo praticamente estável até 2035, juntamente com ganhos contínuos na oferta geral de países não pertencentes à Opep+, significa que há pouco espaço para a Opep+ aumentar sua produção durante o primeiro semestre do período”, disse a bp no Energy Outlook 2025.
Com a previsão de queda da demanda na segunda metade do cenário “Current Trajectory”, a Opep+ buscará aumentar sua participação na produção. Contudo, com a maior competitividade em termos de custos dos produtores de petróleo da organização, a queda da produção até 2050 será suportada pelos países não-Opep+, principalmente liderada pelo Brasil, Guiana e os EUA.
A participação de mercado da Opep+ aumenta de cerca de 50% em 2023 e 2035 para cerca de 60% até 2050.
Do ponto de vista do cenário “Below 2º”, a redução precoce da demanda de petróleo fará que a Opep+ compita com mais afinco para manter os níveis de produção e aumentar a participação no mercado. A partir disso, a bp explica que as quedas na demanda por petróleo até 2035 estão quase inteiramente concentradas na produção dos que não estão na Opep+.
A produção terrestre dos EUA lidera com uma queda acentuada, enquanto o Brasil e a Guiana registram uma certa alta. No entanto, o ambiente mais competitivo significa que a escala das expansões é mais limitada do que no cenário atual.
“A maior competitividade de custos dos produtores da OPEP+ significa que a produção não OPEP+ é responsável por mais da metade da queda total no fornecimento de petróleo até 2050, com a participação de mercado dos produtores da OPEP+ aumentando para 55% até 2035 e para mais de 60% até 2050”, destacou a bp no relatório.
Fonte: Revista Brasil Energia