O acordo prevê condições flexíveis e a precificação está atrelada a preços de referência de bunker de baixo enxofre no mercado internacional. Companhia também lançou o documentário que narra a história do projeto do campo

A Brava Energia assinou contrato com a Shell para a venda de óleo produzido no campo de Atlanta, na Bacia de Santos, pelo consórcio formado pela empresa, com 80% de participação, em parceria com a Westlawn (20%), segundo comunicado divulgado nesta sexta-feira (14).
O contrato prevê condições flexíveis que permitem compartilhamento de ganhos logísticos e operacionais. A precificação do contrato está atrelada a preços de referência de bunker de baixo enxofre no mercado internacional.
Esse é o segundo contrato firmado para o óleo de Atlanta. O primeiro foi assinado com a Trafigura, empresa multinacional de commodities com sede em Singapura, para a venda de um volume total de 6 milhões de barris de óleo. O primeiro offloading foi realizado e concluído em fevereiro deste ano.
Desde o dia 31 de dezembro, a produção de Atlanta é explotada pelo FPSO Atlanta, que faz parte do Sistema Definitivo (SD) do campo. O FPSO Atlanta possui capacidade para processar até 50 mil bpd e estocar 1,6 milhão de barris de petróleo.
Em fevereiro, o campo produziu cerca de 19 mil bpd, segundo dados da Brava. A fase inicial do projeto inclui seis poços (no momento, dois estão em operação), mas a quantidade de poços deve aumentar uma vez que a Brava possui licença para perfurar até 12 poços no campo.
Documentário
Também nesta sexta-feira (14), a Brava Energia lançou o documentário “Conquistando Atlanta”, que narra os desafios superados pela companhia desde que assumiu a operação do campo até o início da produção do SD, em dezembro de 2024. A Brava é a primeira companhia independente de petróleo e gás do país a desenvolver um sistema de produção em águas profundas desde sua fase inicial.
O curta-metragem acompanha cada etapa do projeto, como a fabricação, o transporte, o recebimento e a instalação de equipamentos subsea, a adequação do novo FPSO até a instalação e produção do primeiro óleo, a 185 km da costa do Rio de Janeiro. As filmagens foram realizadas em Dubai, Reino Unido, Noruega, EUA e em diferentes regiões do Brasil, durante dois anos.
“A execução do projeto Atlanta e a entrega do primeiro óleo significam o começo de uma nova e promissora etapa para nossa companhia”, disse o CEO da Brava, Décio Oddone, segundo o comunicado. “A realização deste filme consolida uma memória importante da história do óleo e gás brasileiro”, completou o diretor de Operações Offshore da Brava, Carlos Mastrangelo. O documentário foi produzido em colaboração com a One Global Media.
Fonte: Revista Brasil Energia