Subsidiária da chinesa SPIC terá 33% de participação no complexo de geração de energia a gás

O Cade aprovou, na última sexta-feira (9/10), a aquisição, pela SPIC Brasil, de 33% de participação nas termelétricas GNA I e GNA II, em construção no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ). Essa participação será detida diretamente pela SPIC Brasil ou por meio de uma subsidiária que atuará como uma sociedade de propósito específico.

A operação ainda deverá ser comunicada à Aneel e à ANP, além de passar por aprovação antitruste na China. Se o trâmite for bem sucedido, a estrutura societária do projeto será dividida entre GNA Infra (joint venture entre Prumo Logística e BP) com 45%, Siemens (22%) e SPIC Brasil (33%), conforme tabela a seguir:

Segundo as companhias, a operação representa uma “oportunidade para combinarem suas forças individuais para construírem e operarem as usinas, bem como incrementar os projetos potenciais de expansão, a estratégia do terminal de gás e os projetos de energia renovável em que a SPIC Brasil contribuirá com a sua expertise”, diz o texto do parecer.

Com capacidade instalada de 3GW, as térmicas GNA I e GNA II estão programadas para iniciar operação em 2021 e 2023, respectivamente. O complexo de geração de energia a gás também inclui um terminal de GNL com capacidade total de 21 milhões de m³/dia. Devido à pandemia, as atividades de testes e comissionamento no terminal foram adiadas para novembro.

Entre os projetos potenciais de expansão, estão as térmicas GNA III e GNA IV, também em São João da Barra, que preveem a utilização combinada de GNL e de gás doméstico das reservas de pré-sal.

A SPIC Brasil é uma subsidiária da State Power Investment Corporation da China (SPIC). No país, a companhia opera a Usina Hidrelétrica de São Simão, na divisa entre os estados de Minas Gerais e Goiás, o Parque Eólico Millennium e o Parque Eólico Vale dos Ventos, na Paraíba.