A Shell e a Cosan terão de entrar num acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nos próximos dias ou o negócio entre as companhias poderá sofrer restrições em votação na sessão plenária daqui a um mês. No começo de 2009, a Cosan vendeu à Shell ativos de produção de combustível de aviação por R$ 150 milhões. O Cade está preocupado com a formação de monopólio ou duopólio em combustíveis de aviação em um momento de expansão do setor aéreo no País.
As empresas ficaram de enviar a proposta de acordo ao órgão antitruste até o dia 7 de fevereiro. Se a sugestão for acatada pelo Cade, a assinatura do compromisso entre as partes poderá ocorrer já no dia 9, quando está marcada a próxima sessão. Caso contrário, as empresas terão de esperar o veredicto de cada um dos conselheiros no dia 23 do mês que vem. Assim, a saída das companhias é fechar um acordo ou esperar a decisão no voto – o que pode não ser tão favorável para seus planos. O Cade pode impor restrições, como, manter as marcas separadas ou, numa atitude radical, vetar o negócio.