Depois de quase cinco meses de negociação, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) deverá encerrar hoje as conversas com a Shell e determinar a venda de ativos para que seja aprovada a compra da Cosan, maior produtora de açúcar e etanol do Brasil. Em fevereiro, o conselho determinou a venda da Jacta Participações, braço da Cosan responsável pela comercialização de combustíveis em aeroportos. A preocupação do conselho é que, em alguns terminais, sobrem apenas a Shell e a BR Distribuidora para abastecer aviões, o que poderia levar a uma grande concentração de mercado e, por consequência, a um aumento no preço das passagens para os consumidores.
Na véspera do julgamento, em fevereiro, a Shell apresentou uma proposta de acordo para evitar a venda dos ativos. O Cade então suspendeu as restrições e começou a negociar com as empresas, que apresentaram novas propostas. Procurada, a Raízen – empresa resultante da fusão – informou que mantém produtivas discussões com o Cade para a adoção das medidas necessárias para o cumprimento da decisão da forma mais breve e eficiente possível. A empresa disse que avaliará as implicações de uma nova decisão e se manifestará no momento oportuno.