A empresa de serviços marítimos está pronta para trazer novas embarcações do exterior caso saia vencedora em licitações, sobretudo, da Petrobras

A Camorim Serviços Marítimos aposta que o ano de 2026 será de crescimento, inclusive com a diversificação da frota. Assim como acontece desde 2024 no segmento de apoio offshore, a empresa avalia trazer novas embarcações para o Brasil, mas tudo vai depender do resultado de licitações, principalmente da Petrobras.
No último ano, a empresa investiu R$ 110 milhões e não descarta repetir o feito, ou mesmo ultrapassar a marca, num novo ciclo, com internalizações de navios, que podem ganhar bandeira brasileira. “Para a frente, a gente está pronto para investir esse valor ou mais, mas sempre dependendo das oportunidades”, afirmou o vice-presidente da empresa, Eduardo Adami.
A empresa vai agregar à frota, em 2026, as duas embarcações autoeleváveis do tipo Liftboat contratadas pela Petrobras, numa parceria com a OOS International BV. A Camorim assinou, em agosto, contratos de afretamento e de prestação de serviços de operação náutica e hotelaria com a petrolífera no valor de R$ 1,2 bilhão.
As unidades vão apoiar operações de manutenção e prontidão de plataformas fixas que vão ser descomissionadas nas bacias de Sergipe-Alagoas e Rio Grande do Norte-Ceará. A Jin Hua 01 e Jin Hua 02 vão ser afretadas por um período de três anos.
Hoje, a frota da Camorim, no segmento, é composta, sobretudo, por navios do tipo LH (line handling), PSV (platform supply vessel) e OSRV (oil spill response vessel). Ao todo, a empresa conta com 24 embarcações de apoio offshore. Ela mantém oito contratos com a Petrobras e outros com petrolíferas independentes, parte de longo prazo e parte sob demanda.

Eduardo Adami, vice-presidente da Camorim (Foto: Divulgação Camorim)
O setor está aquecido, com tarifas elevadas, segundo Adami. Ele ressalta que a Petrobras é muito demandante e acaba sendo o grande motor desse segmento.
“É natural que o mercado fique mais animado e aquecido. É isso o que está acontecendo. Quando isso acontece, é uma tendência que as empresas façam o movimento que a gente fez, de buscar embarcações no exterior, colocar na bandeira brasileira e trabalhar com a Petrobras”, disse o executivo.
Ele lembrou que a Petrobras, neste ano, fez um movimento que há muito tempo o mercado não experimentava, que são os bids de construção, de PSVs, OSRVs e RSVs (remotely operated vehicle support vessel).
Fonte: Revista Brasil Energia